Audiência – Super Bowl, This Is Us e mais: Análise de 03/02 a 09/02

Depois dos Grammys e do State of The Union, temos na análise desta semana o Super Bowl, o especial do This Is Us e prévias das Olimpíadas de Inverno.

Imagem: ESPN/Divulgação; CBS/Divulgação; NBC/Divulgação
Imagem: ESPN/Divulgação; CBS/Divulgação; NBC/Divulgação

Quem não gosta de um especial?

Janeiro e fevereiro são meses deliciosos para aqueles, como eu, que adoram especiais. Premiações, eventos esportivos, grandes entrevistas ou discursos, enfim há algo para todos os gostos. Consequentemente, há um vasto conteúdo (lê-se números) para analisarmos. Temos na análise desta semana o Super Bowl, o especial do This Is Us e prévias das Olimpíadas de Inverno.

ABC

The Bachelor respirou fundo e subiu de 1.7 para 1.8, o que não alterou em nada para The Good Doctor cujos números se mantiveram estáveis com da semana passada (1.7), retendo 94% do reality showKevin (Probably) Saves the World caiu para 0.5, da mesma forma que The Middle foi de 1.3 para 1.2 ao mesmo tempo que Fresh Off The Boat black-ish mantiveram-se estáveis.

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Com a chegada das Olimpíada na ABC, toda TGIT sofreu uma perda imensa. Grey’s Anatomy foi para 2.0 (-0.3), Scandal para 1.1 (-0.3), How To Get Away With Murder com 0.8 (-0.2). Nada de assustador, vale ressaltar aos fãs preocupados, é bem possível que toda essa perda seja recuperada quando os números do DVR forem divulgados semana que vem.

Season Finale de Child Support fez pequenos 0.4, uma Season Low, mas que deve garantir o reality show par mais um ano no ar.

CBS

Kevin Can WaitSuperior Donuts Man With a Plan estacionaram, enquanto Scorpion caiu 0.8 (-0.1). Já a Season Finale de 9JKL registrou 0.9 no demográfico alvo, que ao meu ver é uma despedida definitiva do ar. Apenas 18 episódios, críticas negativas, sem apelo nas redes sociais ou no DVR significam que não sobreviverá Leslie Moonves em maio (ou até antes). Na terça-feira, NCIS estacionou (1.4), enquanto Bull NCIS: New Orleans caíram para 1.2 e 0.9, respectivamente.

A estreia de Celebrity Big Brother trouxe números sólidos para a emissora: 1.8 no demográfico de público alvo e 7.27 milhões de telespectadores. Em seguida, um especial de duas horas de The Amazing Race conquistou bons 1.1 no demo. A segunda exibição do Big Brother variou de 1.8 para 1.4, o que não é nem um pouco surpreendente, uma vez que o reality show foi criado justamente para suportar a força do impaco das Olimpíadas.

Ainda pendente de números finais, a exibição de Celebrity Big Brother na sexta-feira fez saudáveis 1.0 no demográfico de público alvo.

NBC

Imagem: NBC/Divulgação

Se destacando de forma espetacular graças ao telespectador masculino (com a maior média para o gênero da noite para qualquer programa), The Wall registrou 1.5, os melhores números desde fevereiro de 2017. O que é mais interessante de analisar? O contra ponto com The Bachelor.

Ao acenar para os homens, a NBC consegue ficar a apenas 0.3 de bater um dos maiores carros chefes da midseason da ABC, que na segunda-feira (05) fechou com 1.8. Mais tarde, Better Late Than Never subiu 0.2 em relação a semana passada e fechou a temporada com bons 1.1 no demo.

O episódio regular This Is Us na terça-feira não viu nenhuma diferença do empurrãozinho do Super Bowl (abaixo). Voltando ao normal, o drama marcou 2.7 no demográfico, ajudando Chicago Med a marcar 1.5 (uma Season High) e ótimos números para a Season Finale de Elle’s Game of Game (com 1.9). Com SVU vendo uma leve subida em comparação com a semana passada (1.3 x 1.2), The Blacklist Chicago PD ficaram na mesma com 1.0 e 1.2 respectivamente.

A primeira noite de transmissão das Olimpíadas de Inverno na NBC foi curiosa. O total de telespectadores foi de 16 milhões, enquanto o demográfico de 3.7. Em comparação com 2014 (Sochi), o números ficaram bem abaixo – 20 milhões e 6.0 no demo. O lado bom? A cobertura qu a NBC Sports fez no streaming bateu recorde de visualizações.

Já com a cerimônia de abertura, as coisas também foram interessantes. O problema é que os números certamente estão inflados e incorretos, ou seja, não são os finais. Foram 5.7 no demográfico alvo e 23.69 milhões de telespectadores. É bem abaixo do que a abertura de Sochi trouxe (8.6; 31.69 milhões) em 2014, mas acima daquela da Rio 2016.

Fox

Depois de uma queda/estabilização na semana anterior, Lucifer The Resident subiram impressionantes 0.2 em relação a semana passada, fechando com 1.0 e 1.1 respectivamente. O crescimento, não preciso dizer, é excelente para ambas as séries uma vez que mesmo com a competição forte vindo da ABC, o drama médico consegue respirar com a atenção do telespectador feminino mesmo competindo com The Bachelor.

Na terça-feira, um dos melhores dias da emissora, Lethal Weapon caiu um pouquinho em relação a semana anterior (1.2 x 1.1) enquanto The Mick LA to Vegas estáveis. 9-1-1 continua impressionando ao subir de 1.6 para 1.7 nesta semana, mesmo com The X-Files estacionando nos 0.9. Tais números, acreditem, são ótimos.

The Four terminou sua primeira temporada com bons 1.3 no demográfico. Vale lembrar que seu retorno acontecerá mai cedo do que o normal. Já na próxima Summer Season a competição musical estará de volta.

CW

Supergirl seguiu estável na segunda-feira com bons 0.6 no demográfico alvo (18-49 anos). Na terça-feira The Flash caiu apenas 0.1 (fechando em 0.8), enquanto Black Lightning despencou 0.2 e fechou com 0.6. É verdade que tais números ainda são saudáveis, mas uma queda brusca como essa é importante ficar de olho.

Evitando um novo Season LowRiverdale repetiu os 0.5 da semana passada, assim como Dynasty com seus 0.2. Na quinta-feira, Supernatural Arrow continuaram firmes em razão da força no telespectador masculino fechando com 0.6 e 0.4, respectivamente.

Na sexta-feira, Crazy Ex-Girlfriend ficou com 0.2 e Jane The Virgin estável com 0.3. Vale lembrar que a primeira terá sua Season Finale exibida na próxima semana.

TV a Cabo

Imagem: Divulgação; Montagem: Mix de Séries

No sábado (03), a Lifetime exibiu o telefilme The Simone Biles Story e conquistou 0.5 no demo e 1.81 no total de telespectadores. Os números são levemente menores daqueles que Cocaine Godmother fez em janeiro (0.5; 1.84 milhões), mas são bem acima da média. The Alienist claramente não é o sucesso que prometera ser com uma terceira semana registrando apenas 0.37, uma queda de 0.09. The Have and The Have Nots subiu para 0.52, mostrando uma vitalidade impressionante. Da mesma forma que The Fosters cresceu para 0.25 e Baskests caiu no FX para 0.12.

Em relação a programação esportiva, a partida entre o Golden State e o Oklahoma City (da NBA) marcou excelentes 1.04, bem acima do que  o Washington vs. Philadelphia fez mais cedo com 0.46. Gianni Versace caiu mais uma vez e registrou uma nova Season Low – 0.30. Acompanhando a queda também está Grown-ish que escorregou 0.3 e fechou com 0.26 no demográfico. Na Paramount Channel, a situação é bem diferente com a minissérie Waco crescendo para bons 0.28.

Com a participação dos atores de UnReal, RuPaul’s All Stars caiu para 0.39; Top Chef foi para 0.29. Nashville continua caindo ao perder mais 0.03 nesta semana, ficando com 0.11.

Super Bowl

Forbes previu que a audiência seria “super”. Não foi, muito pelo contrário aliás. Os números da grande final foram medianos beirando o ruim em comparação com o passado.

Imagem: Chris Wattie/Reuters

No total de telespectadores (103.3 milhões) foi o Super Bowl menos assistido desde 2009, quando o Pitsburgh Steelers ganhava seu último campeonato. Já no demográfico alvo, os números foram ainda piores: 33.4, os piores em pelo menos dez anos.

É verdade que a temporada 2017-18 já apresentava dificuldades. Seja por causa dos comentários do presidente, pela grande oferta de transmissão ou pela popularização do futebol universitário, o que os números mostram é uma queda. Mais especificamente, quase 10%.

Em defesa do Super Bowl 2018 e da revista, os números podem sim surpreender, mas no streaming. Milhões de pessoas assistiram o jogo digitalmente e até mesmo ilegalmente, o problema é que ainda não se tem uma maneira adequada de medi-la.

As notícias não foram apenas ruins. De acordo com informações da NBC, as cidades-natal dos respectivos times (Filadélfia e Boston), ficaram no Top 55 ao redor dos Estados Unidos das maiores audiências. Minneapolis (capital de Minnesota), que recebeu o jogo, marcou 54.9 no demográfico alvo, 14% a mais da última vez que foi anfitriã em 1992.

This Is Us Pós-Super Bowl

Com os números medianos do Super Bowl chamando atenção, espera-se que a série que acompanhe seja igualmente frustrante não é mesmo? Verdade, mas não com This Is Us. Como já era de se esperar, o episódio explodiu.

Imagem: NBC/Divulgação

Foi o programa roteirizado mais assistido da NBC em mais de 13 anos, desde E.R. e da noite do final de Friends. Além disso, foi a série mais assistida pós-Super Bowl em 10 anos desde quando a Fox exibiu House em 2008.

Com uma média de 27 milhões de telespectadores, é o “pós” mais assistido em seis anos desde o The Voice em 2012 no ranking geral. Segundo a NBC, This Is Us teve uma média de 26.976 milhões de telespectadores e 9.3 no demográfico de público alvo (18 a 49 anos). Os maiores números em não-esportes desde a cerimônia do Oscar em 2017.

Em comparação com 24: Legacy (o pós-Super Bowl de 2017), o crescimento de This Is Us ainda maior. 53% no total de telespectadores, sem contar com 52% a mais no público alvo (9.3 contra 6.1). A má notícia? As Olimpíadas de Inverno começam na próxima sexta-feira (09). Tal empurrão pode ser jogado fora uma vez que toda programação normal entra em pausa.

Sobre o autor

Bernardo Vieira

Redação

Bernardo Vieira é um jornalista que reside em São José, Santa Catarina. Bacharel em direito pela Universidade do Sul de Santa Catarina, jornalista e empreendedor digital, é redator no Mix de Séries desde janeiro de 2016. Responsável por cobrir matérias de audiência e spoilers, ele também cuida da editoria de premiações e participa da pauta de notícias diariamente, onde atualiza os leitores do portal com as mais recentes informações sobre o mundo das séries. Ao longo dos anos, se especializou em cobertura de televisão, cinema, celebridades e influenciadores digitais. Destaques para o trabalho na cobertura da temporada de prêmios, apresentação de Upfronts, notícias do momento, assim como na produção de análises sobre bilheteria e audiência, seja dos Estados Unidos ou no Brasil. No Mix de Séries, além disso, é crítico dos mais recentes lançamentos de diversos streamings. Além de redator no Mix de Séries, é fundador de agência de comunicação digital, a Vieira Comunicação, cuido da carreira de diversos criadores de conteúdo e influenciadores digitais. Trabalha com assessoria de imprensa, geração de lead, gerenciamento de crise, gestão de carreira e gestão de redes sociais.