Os bastidores de Will & Grace: curiosidades por trás das câmeras
Completando 20 anos desde a exibição do seu episódio piloto, Will & Grace foi pioneira, derrubou padrões e entrou para história da TV e dos Estados Unidos.
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Antes de começarmos é importante lembrar uma coisa: essa não é a primeira vez que dedicamos a coluna Bastidores para Will & Grace. No entanto, neste aniversário de 20 anos do lançamento da comédia, acreditamos que não era só necessário, como obrigatório falarmos dela mais uma vez.
A série foi pioneira, derrubou padrões, lançou tendências e foi essencial para que a televisão mudasse seu foco do telespectador médio, rural e interiorano para um suburbano e urbano. Além disso, é importante relembrar de algumas situações principalmente levando em conta esse momento singular que a humanidade enfrenta.
Quem diria que uma comédia seria tão importante em tempos tão complexos. Por isso eu te convido para nos acompanhar nesta segunda aventura nos bastidores de Will & Grace.
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Sob Pressão
Quando Will & Grace estava no processo de escalação de elenco, os produtores queriam (muito) que Debra Messing (Grace) interpretasse a protagonista. O problema é que naquele exato momento, ela estava protagonizando Prey. O que ajudou a atriz a clarear seus pensamentos? Uns bons drinks.
“Eles me deram vários shots, nós conversamos por horas e me falaram sobre a série,” disse Messing numa entrevista com o New York Daily News. “Eu sou muito fraca. Não preciso de muito para ficar engraçadinha,” completou. A estratégia foi tão bem sucedida que, no dia seguinte, ela aceitou.
O mesmo aconteceu com Megan Mullally (Karen), mas seu problema era outro: a personagem era muito familiar com ela mesma. “Foi aí que eu olhei novamente e pensei que poderia fazer umas modificações, onde seria engraçadinho e diferente. Então eu voltei lá e consegui o papel,” disse a atriz em entrevista ao A.V. Club.
A anatomia de um revival
Depois de que um programa/filme bem sucedido virou história, muitos atores se mostram relutantes em reviver tais histórias. Meryl Streep, por exemplo, “não participa de sequências,” segundo a produtora de Mamma Mia!. Mas no caso de Will & Grace, a situação foi bem diferente.
De acorod com o The Hollywood Reporter, demorou cerca de 45 minutos para que os atores fossem convidados pelos produtores e aceitasse a oferta. “Eu continuaria trabalhando depois de 2006. Sem nenhuma dúvida. Tudo me fez querer voltar,” confessou Mullally.
Descartável
Sean Hayes estava no Festival de Cinema de Sundance, na cidade de Park City, estado americano de Utah, quando recebeu o roteiro do episódio piloto de um produtor. Hayes tinha chamado atenção pelo seu trabalho de Billy’s Hollywood Screen Kiss. O problema é que logo após ler o texto, o ator jogou o roteiro fora. Literalmente.
“Eu ri em voz alta – o que é raro durante a temporada de pilotos,” disse Hayes à Entertainment Weekly. “Mas eu estava em Sundance há dois dias e eu teria que comprar uma passagem para voltar para Los Angeles só para fazer uma audição. Então eu descartei pensando que teriam comédias parecidas,
Antes tarde do que nunca
Uso de linguagem equivocada em roteiros de comédias são, infelizmente, normais. Mas a forma de lidar com essa questão mudou (muito) através dos anos. Prestes a exibir Guess Who’s Not Coming to Dinner, a NBC foi forçada a alterar a palavra “tamale” por “benzinho” por ser considerada uma expressão racista em desfavor dos latinos.
Grupos de defesa aos direitos hispânicos, apoiada pela NAACP, viram a ideia da palavra ser usada num diálogo entre Karen e sua empregada salvadorenha, bastante inapropriada. Com a possibilidade da imagem da série ficar arranhada, a NBC alterou a palavras com menos de duras horas antes da exibição do episódio.