Criminal Minds: escândalo nos bastidores choca os fãs
Criminal Minds é um sucesso e o elenco é amado pelo público. O problema é que nem tudo são flores e um escândalo abala o histórico da série.
Os fãs de Criminal Minds passaram a amar a série não apenas por seus contos de assassinos assustadores, mas também por seu elenco. Kirsten Vangsness e Shemar Moore tinham um vínculo estreito que ia além da química na tela. Sem falar em casais e amigos que foram feitos nos bastidores do show.
Infelizmente, nem todas as interações no set de Criminal Minds foram positivas, e a série teve seus escândalos. Uma cultura de sexismo nos bastidores resultou nas demissões em 2010 de Paget Brewster e AJ Cook, a fim de trazer “novas mulheres”. Demitido do show, Thomas Gibson também saiu da série em 2016. Isso aconteceu depois que ele supostamente chutou um produtor, o que não foi nem mesmo sua primeira explosão violenta no set.
O assédio s*xual também foi um problema constante que os membros da equipe de Criminal Minds enfrentaram. Isso acabou resultando em várias queixas legais contra os perpetradores individuais e os estúdios de produção envolvidos na produção da série. A cultura hostil do local de trabalho, entretanto, passou despercebida por mais de uma década. Um funcionário, porém, entrou com uma queixa no Departamento de Trabalho e Moradia Justa da Califórnia em 2018.
A reclamação de 2018 levou a um maior escrutínio de Criminal Minds
Em abril de 2018, um ex-técnico de imagem digital de Criminal Minds, Tony Matulic, entrou com uma queixa contra a ABC, que produziu a série, alegando que ele foi demitido após falar sobre o comportamento de Greg St. Johns, o diretor de fotografia do show, que, ele diz, agarrou seu traseiro repetidamente (via Variety).
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Greg St. Johns viria a ser citado repetidas vezes nas entrevistas da Variety com 19 atuais ou ex-membros da equipe. Assim, em outubro de 2018, a Variety lançou um relatório exclusivo, detalhando os repetidos assédios cometidos contra homens da equipe, além de um padrão de abuso verbal contra os funcionários.
Após a reportagem da Variety, em julho de 2019, um ex-segundo assistente de câmera, Todd Durboraw, entrou com uma reclamação, processando St. Johns, bem como a ABC, CBS, Entertainment Partners e Warner Bros. (embora esta empresa não esteja envolvida na produção de Criminal Minds) por assédio sexual, agressão e retaliação, citando ofensas notavelmente semelhantes às listadas na queixa anterior.
Uma reclamação rapidamente se tornou duas e se transformou em uma ação coletiva
A partir dessas queixas formais, uma ação coletiva foi formada em maio de 2020 contra a CBS, ABC e Disney, bem como Greg St. Johns, pelo ambiente de trabalho hostil que resultou dos assédios constantes no set de Criminal Minds (via The Hollywood Reporter). Assim, até agora, o processo segue firme. Apesar das tentativas da Disney em anular a denúncia, o juiz do Tribunal Superior do condado de Los Angeles decidiu que a ação coletiva deveria seguir em frente.
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O resultado do processo ainda está para ser visto, mas parece que o Departamento de Justo Emprego e Habitação da CA está empenhado em descobrir a verdadeira profundidade da toxicidade no set de Criminal Minds. A Conselheira Chefe Adjunta, Sue Noh, disse que, embora não esteja claro o tamanho do problema, tudo indica que os assédios nos bastidores são apenas a ponta de um aterrorizante iceberg.