Critica: 1×06 de Little Fires Everywhere volta 15 anos no tempo – e empolga
Crítica do sexto episódio da primeira temporada de Little Fires Everywhere, intitulado "The Uncany", exibido nos EUA pelo Hulu.
Em um dos melhores episódios dessa temporada, a série finalmente responde perguntas deixadas nos episódios anteriores
“The Uncanny”, pela definição simplificada de Freud, é o medo que nos leva de volta há algo que é muito familiar, porém, que nos aterroriza. Foi exatamente essa a escolha ideal para o título do episódio seis de Little Fires Everywhere que, praticamente, nos leva para esse momento do passado de nossas protagonistas.
E qual a melhor maneira de responder perguntas do passado em uma série de TV do que com um episódio inteiro em forma de flashback? Little Fires Everywhere responde muitas das perguntas deixadas em abertos nos episódios anteriores. No entanto, nem todas as respostas eram exatamente o que estávamos esperando.
Ainda assim, posso confirmar que um dos melhores episódios exibidos até o momento foi um que Reese Witherspoon e Kerry Washington não participaram.
Antes de entrar em detalhes sobre a história, não posso deixar de comentar sobre a escolha para o elenco desse episódio em especial. Logo na abertura, foi possível perceber que seria diferente quando não vi o nome de nenhum dos atores principais da série, (apenas o da Kerry que apareceu como uma participação especial.)
Todos os personagens foram muito bem representados em suas versões 15 anos mais novos, e fiquei muito impressionado como foi possível ver a Kerry Washington na atuação de Tiffany Boone, assim como a AnnaSophia Robb que não deixou nada a desejar ao interpretar a Elena mais nova.
Finalmente conhecemos o pai (e a mãe) de Pearl
Depois de nos apresentar os pais de Mia no episódio anterior, nesse último somos transportados para o início dos anos 80, quando Mia (agora interpretada por Tiffany Boone), está de saída da casa dos pais para realizar seu sonho e estudar artes em Nova York. Enquanto isso, seu irmão Warren se prepara para uma carreira em potencial na NFL (legenda para a liga nacional de futebol, nos Estados Unidos).
“Um de nossos filhos pode nos honrar com uma carreira de sucesso”, diz o pai de Mia, deixando claro que não concorda com a decisão da filha. Felizmente, Warren não é tão pessimista quanto seus pais, e da o maior suporte para sua irmã ir atras dos seus sonhos.
Já em Nova York, logo de cara, Mia tem uma excelente conexão com sua mentora Paulinia. Ela se torna o seu maior incentivo não apenas profissional, mas pessoal. No entanto, a maior conexão que Mia irá carregar por toda a sua vida, ela encontra dentro do metrô, quando conhecemos formalmente o pai de Pearl, Joe Ryan, que depois de encará-la no metrô, (da mesma maneira como nos pesadelos que Mia teve nos episódios anteriores), só que dessa vez era realidade.
Depois de confrontá-lo, ele finalmente revela por que a está perseguindo: ele e sua esposa Madeleine não podem ter filhos e estão procurando uma pessoa que seja bem parecido com ela, para que possa ser a barriga que irá gerar a criança, e Mia seria a pessoa ideal.
Ela fica chocada com a proposta inicialmente. No entanto, acaba aceitando quando ela precisa de dinheiro para conseguir manter o seu sonho de ser uma artista. Assim, logo vemos Mia grávida e se destacando no mundo da arte. Inclusive, ela consegue a oportunidade de exibir uma de suas obras em um show ao lado de artistas famosos.
Tudo estava indo conforme planejado até Mia receber a visita de seu irmão Warren. O rapaz fica surpreso pela gravidez e deixa sua irmã mexida quando diz que Mia sempre sonhou em criar algo que irá mudar o mundo, e que talvez sua filha seria essa criação. Mia sempre admirou o seu irmão. Mas, após perdê-lo tragicamente em um acidente de carro, e ter sido impedida pelos seus pais de ir ao velório, Mia então comete o primeiro grande erro da sua vida.
Ela decide fugir com a criança, mente para sua mentora (e namorada) Pauline, de que ficará ajudando sua família, e envia uma carta para Joe e Madeleine Ryan, dizendo que sofreu um aborto, mas que irá pagar o valor que ela recebeu. Porém, logo em seguida é revelado que Pauline morreu e que os pais de Pearl estavam atrás dela. O episódio termina com Mia dirigindo ainda grávida, e acompanhamos o tempo passar até o momento atual da série, com ela e Pearl chegando em Shaker Heights.
Izzy foi a quarta e última criança que mudou, por completo, a vida de Elena
Enquanto isso, também nos inícios dos anos 80 em Shaker Heights, acompanhamos Elena (interpretada por AnnaSophia Robb), voltando ao trabalho depois da sua terceira licença maternidade. Na ocasião, percebe que perdeu oportunidades de crescer no trabalho devido ao seu tempo fora da empresa, em decorrência do nascimento de seus três filhos. No entanto, logo no seu primeiro dia de volta, ela descobre que está grávida mais uma vez.
Essa quarta gravidez foi uma verdadeira decepção para Elena. E depois de conversar com seu marido e sua mãe, Elena decide abandonar sua carreira e se dedicar somente aos filhos. No entanto, após um surto quando Izzy não parava de de chorar, Elena deixa Bill com as crianças e sai de casa para encontrar seu ex-namorado James. Nesse encontro é possível ver o remorso de Elena naquele momento, por suas escolhas na vida. Porém, seu orgulho fala mais alto e ela não admite que estava infeliz, mas sim que casou com o homem que ama e que sua vida é feliz.
The Uncanny revelou praticamente todos os segredos de Mia, e nos deu uma ideia do que ela irá enfrentar nos próximos episódios. Será se os pais de Pearl vão encontrá-la? Ou Elena irá ameaçá-la, caso Mia não convença sua amiga Bebe de desistir por essa briga judicial pela guarda da criança e assim deixar sua amiga Linda em paz?
E vocês, o que acharam desse episódio de Little Fires Everywhere? Deixem nos comentários. E continuem acompanhando todas as novidades da série aqui no Mix de Séries. Até a próxima!
Confira um vídeo promocional da série abaixo.
https://www.youtube.com/watch?v=JWGkX8ClhBI