Critica: 4ª parte de Crise nas Infinitas Terras surpreende fãs no 8×08 de Arrow
Review da parte 4 do especial Crise nas Infinitas Terras, crossover presenta no oitavo episódio da oitava e ultima temporada de Arrow.
“Morrer é a parte fácil. Os verdadeiros heróis são os que precisam continuar…”
Depois de uma longa espera, o maior crossover de séries da história da televisão americana – Crise nas Infinitas Terras – está de volta para concluir sua história.
A quarta parte teve um papel importante na trama. Não só tivemos uma conclusão na história de Anti-Monitor e na destruição dos universos, como vimos a transformação de Oliver Queen em um novo ser e o que pode também ter sido sua despedida do Arrowverso. Sabemos que esse ainda não é o fim de Arrow, mas foi importante que esta parte tenha ocorrido exatamente no episódio pertencente à série que originou todo este universo.
A cena de abertura do episódio foi focada em enfim apresentar o passado de Monitor e como ele libertou seu adversário, o Anti-Monitor. Chega ser estranho imaginar Monitor tendo uma vida comum e emoções humanas, ao lado de uma esposa em um mundo tecnologicamente avançado. Em contrapartida, enfim tivemos o grande confronto final entre os heróis chamados de Paragons e o Anti-Monitor. A cena pode não ter sido uma novidade nas séries do Arrowverso por se assemelhar bastante a tantas outras presentes nos crossover anteriores. Mas a direção de Glen Winter dá o diferencial ao pegar sequências e ângulos perfeitos para cenas de ação entre muitos personagens.
Surpresas em Crise nas Infinitas Terras
Só que além desse grande momento, tivemos outros dois que, mesmo em proporções diferentes, foram tão grandiosos quanto. A já mencionada transformação de Oliver Queen em um novo Espectro abre uma brecha para uma sobrevida ao personagem no futuro do Arrowverso. Não sabemos se o personagem realmente morreu neste episódio, mas fico curioso para o que veremos no episódio final de Arrow depois de tudo isso.
Já a participação de Ezra Miller como o Flash do DCU pegou a todos de surpresa. Não só os fãs como até mesmo os membros do elenco e produção do Arrowverso. Enfim vermos o Flash da TV encontrando o Flash do cinema foi divertidíssimo e foi um grande marco para as adaptações da DC. Foi surreal e cômico ao mesmo tempo.
Talvez o grande defeito desse massivo crossover tenha sido dividi-lo em duas grandes partes, separadas por um intervalo de um mês entre elas. A quebra acaba causando certo desligamento da história e engajamento do público. Nada que uma rápida maratona das partes prévias ajude, mas que poderia ter sido evitado se o intervalo fosse em poucos dias ou semanas. Em contrapartida, para ampliar ainda o clima de despedida e nostalgia, tivemos a revisitação de alguns momentos distintos das séries e crossovers do Arrowverso. Soma-se a isso a evidente passagem de tocha de Oliver para Barry como líder e face do Arrowverso. E para finalizar, o início da construção de um novo universo.
Pouco sobrou para a quinta e última parte que encerrará esse grande evento, mas o que fica é a marca que irá deixar nesse universo de série de super-heróis e nos fãs desses grandes personagens. O final de Arrow ainda mantém os fãs intrigados e o futuro das séries é incerto, mas a expectativa para acompanhar o que está por vir é grande.
Ainda existem muitas histórias a serem contadas, mas antes disso a parte final de Crise poderá dar o primeiro grande passo nesse novo universo que se abre.