Crítica: 4×06 de The Good Doctor coloca pressão sob personagem
Review do sexto episódio da quarta temporada de The Good Doctor, exibido nos Estados Unidos pelo canal ABC, intiulado "Lim".
Muito mais do que um simples trabalho
Estamos de volta com nossos plantões semanais de The Good Doctor e podemos dizer que psicologicamente abalados. Um episódio muito bem produzido e dirigido ao se tratar de um assunto prevalente e com constante crescente na sociedade.
Desde já, precisamos falar sobre o que foi discutido. O transtorno do estresse pós-traumático (TEPT) é uma condição muito comum em situações profissionais ou pessoais, quando a vida está em risco. Momentos de guerras, fome, destruição e, mais recentemente, pandemias, podemos desencadear tal situação. Achei a inclusão temática feita de forma sutil e completamente necessária. The Good Doctor consegue abordar uma realidade mesmo sem o fim da pandemia. Assim como o TEPT, conseguimos perceber a influência da síndrome de Burnout entre os principais afetados.
No cenário atual, todos saímos feridos!
O estado de tensão e estresse emocional desencadeia reações nunca antes imaginadas. Nesse sentido, percebemos bem tal situação quando a série colocou a agressão física do paciente sobre sua esposa. A reação de fugir ou lutar é ativada sem que exista um ponto real de perigo, levando a consequências complicadas.
Um tema que poderia discutir por diversas horas aqui na review, com termos técnicos e médicos. Entretanto, não é nossa intenção no dia de hoje. Seja como for, o que devemos ter claro em nossas mentes é que a série conseguiu perfeitamente alertar a população para onde o caos pode nos levar. Além disso, exemplificou as consequências profissionais e pessoais que os maiores momentos de estresse pode nos levar.
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Como gancho desta condição, encontramos a figura de Lim. A personagem sempre se demonstrou centrada perante seus sentimentos. Até mesmo a morte de Melendez fez com que ela não se abalasse tanto perante a sua situação como chefe de cirurgia do hospital.
Mas é claro que por detrás de qualquer figura centrada, há também um ser humano passível de sofrimento. Acho que a série vem dando um valor muito importante e criando um carinho muito próximo dos fãs com a personagem. Eu, sinceramente, fiquei preocupado com aquele acidente no final, achando que iriam jogar a personagem para escanteio. Ainda não descarto essa odiosa possibilidade, mas espero que avaliem bem os riscos dessa opção. Principalmente por terem matado Melendez há pouco menos de um ano.
Dentro do desespero, uma risada!
No meio de toda a tensão, os alívios cômicos foram até divertidos. Primeiro tivemos Shaun com suas ideias mirabolantes para agradar a Lea e eu juro que ri muito com o brinquedo vibratório em cima da mesa durante uma discussão importante. Logo depois, foi a sutil amizade entre Park e Morgan. Que, aliás, acabou trazendo certas bizarrices. Eu até aceito a questão do Crocs durante um plantão, mas os nomes prateados nos dentes foram longe demais.
No entanto, acho que essa quebra de tensão traz uma leveza para um importante episódio. Inclusive volta a se encaixar na importância do TEPT, uma vez que nem mesmo os alívios cômicos do dia a dia conseguem trazer leveza para quem enfrenta a condição.
No meio de toda a impactante temática dessa semana, parece que a série vai mudar um pouco as coisas do próximo episódio. Pelo menos foi o que a promo nos revelou. Finalmente vão trazer Enrique para uma certa evidência, mesmo que seja em uma tentativa de paixão com Claire, em vez de abordar sua experiência profissional.
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Além disso, tensões entre o casal Shaun e Lea parecem se apresentar. Os produtores nunca conseguem deixar os dois quietos, não é mesmo? Nos resta aguardar mais uma semana para nosso próximo encontro. E você, o que achou do episódio? Deixe nos comentários, um grande abraço e até lá!