Crítica: Big Little Lies encerra 2ª temporada com atuações maravilhosas e final em aberto

Review do sétimo episódio da segunda temporada de Big Little Lies, da HBO, intitulado " I Want to Know".

Imagem: IMDb/HBO/Reprodução

Big Little Lies chega ao fim…

Chegou ao fim a segunda temporada de Big Little Lies. O episódio “I want to know” nos trouxe o encerramento de algumas histórias, enquanto deixou outras em aberto. Sem dúvidas, é uma série que merece ser notada. Entretanto, Big Little Lies apresentou uma queda brusca na qualidade de suas tramas, e acabou buscando compensar na atuação das atrizes.

Seguindo em frente

O lema deste episódio foi “seguir em frente”. As personagens, de alguma forma, precisavam fazer isso. Fosse para o bem ou para o mal. E o encerramento de um ciclo era necessário.

Jane, por exemplo, conseguiu dar um passo adiante. Adorei que ela decidiu ficar com o Corey, personagem que a deixa leve. Shailene Woodley conseguiu dar voz à esta personagem de uma forma linda, obtendo muita complexidade e muita história. Perry causou nela um dano irreversível, mas ter uma rede de apoio tão forte a ajudará deixar tudo isso pra trás.

Enquanto isso, Madeleine conseguiu um fim lindo para o seu dilema. Ed lutou contra seus pesadelos e ofereceu um novo começo para a esposa. A renovação de votos deles foi emocionante e trouxe à tona a essência do relacionamento dos dois. Maddie ficou apagada nessa temporada, infelizmente a personagem foi vítima das muitas histórias a serem contadas e ficou com a menos relevante. Mas é imprescindível lembrar que Reese Witherspoon atuou com muita garra e demonstrou o suporte que Madeleine era para todas as amigas.

Já Renata não teve o melhor dos momentos, apesar de ter brilhado lindamente. Com toda a história da falência, ela alcançou seu limite. Laura Dern deu um show sem igual nessa temporada, mostrando a indignação da personagem ao perder tudo que tinha construído. O surto dela com Mary Louise na cafeteria, bem como quebrando os trens do Gordon no final foram momentos icônicos. Gente, a mulher atingiu o limite e viu o marido manter tudo que gosta? Não é assim. Gostei muito de como a personagem se colocou nessa temporada e acho super merecido que os prêmios sejam dela. Aliás, devia ter batido com mais força naquele escroto do Gordon.

É claro ver que os maridos são só coadjuvantes em Big Little Lies, o show é das mulheres!

Imagem: IMDb/HBO/Reprodução

Bonnie também enfrentou seus demônios. A mãe dela piorou e teve o que precisava para ir em paz, o perdão. Zoe conseguiu dar vida à dor e culpa da personagem com maestria. A busca por redenção e auto conhecimento culminou na separação dela e Nathan, que eu já nem lembrava que existia mais.

Contudo, o embate do século foi entre Celeste e Mary Louise. E preciso dizer, que atuação das duas foi incrível. Celeste tirou um equilíbrio que nunca tinha visto para o interrogatório. Ver ela despindo a imagem de filho perfeito que Perry tinha, às custa do seu sofrimento ao longo dos anos, foi inexplicável. Quando ela apresentou aquele vídeo foi o auge, com a representação vívida de tudo que ela tinha passado pensando em seus filhos estarem seguros.

Querendo ou não, a culpa de uma mãe nesses casos é discutível, afinal, o que se vê em casa é o que aprendemos. Mary Louise enfrentou quem ela foi para o próprio filho e nem assim ela recuou. Procurou desacreditar a nora se fazendo de vítima, o que não deu muito certo. A guarda se manteve com a Celeste, que teve aquela atitude linda de mandar os meninos abraçarem a avó, que acabou voltando pra sua cidade.

Final feliz?

Imagem: IMDb/HBO/Reprodução

Assim, algumas conseguiram seus finais felizes de um jeito, outras de outro, mas no fim, todas se reuniram. As cinco juntas em frente a delegacia foi lindo e o único fim possível, dado o fato de que todas estavam se corroendo com a mentira. A pergunta que fica é: o que acontece com elas a partir dali?

Por isso, precisamos qualificar que foi sim um fim do ciclo. Não necessariamente com respostas. Mas, talvez seja o melhor final que poderíamos ter.

A temporada foi sem dúvida um show de atuações. Entretanto, ao final, percebemos que ela não era necessária. A fragilidade das histórias paralelas e perda da continuidade do evento principal, às vezes, foi desgastante para o espectador.

Pelo menos, tivemos a adição de Meryl  Streep, que veio como a cereja do bolo, importunando todos até dizer chega. Sem dúvidas, uma aula de atuação. Mesmo assim, ainda conseguimos amar essas seis mulheres. Bem como, de alguma forma, ainda sentimos que voltaríamos para mais.

E vocês, o que acharam? E agora, uma terceira temporada merece um voto de confiança ou é melhor encerrar com o final assim? De qualquer forma, Big Little Lies vai deixar saudades…

Obrigada por acompanharem essa temporada comigo aqui no Mix de Séries, foi um prazer. Até a próxima!

Sobre o autor
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Gabriela Scampini

Paulista, estudante de Direito e geminiana. Apaixonada por livros e séries, mesmo sem ter tempo pra nenhum dos dois. No Mix, escreve a coluna #MixAudiência, além das reviews de American Crime Story, Black Mirror, Chicago Fire e The 100.

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