Crítica: Episódio 5×11 de S.H.I.E.L.D. começa um novo ciclo… de vilões

Review do décimo primeiro episódio da quinta temporada de Marvel's Agents of S.H.I.E.L.D., da emissora ABC, intitulado "All the Comforts of Home".

Imagem: YouTube/Reprodução
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“I do what I must to build a better world for the downtrodden citizens”

Depois de um pequeno hiato de duas semanas, Marvel’s Agents of S.H.I.E.L.D. retornou com os desenrolares dessa quinta temporada. E, embora “All the Comforts of Home” traga sim as respostas que esperávamos, ele é, sem dúvida, um episódio incomum.

Primeiro, o episódio, como já é padrão da série, não começa dando continuidade ou explicação aos eventos do cliffhanger. Inicialmente, não descobrimos se nossos heróis conseguiram cruzar o portal, ou sem Coulson realmente morreu ou se o futuro foi mudado. Ao invés disso, somos recebidos com a conversa mãe e filha entre a General Hale (substituta de Talbot) e Ruby.

E não me entendam mal! Embora Ruby pareça ter potencial para ser uma personagem interessante – por ser aparentemente uma ativista, por gostar de Quake, por ter toda a vibe de adolescente revoltada que tanto amávamos na Daisy da primeira temporada – não era bem isso que esperávamos do início do episódio.

Contudo, esse começo nos deu um panorama mais interessante do que podemos observar a princípio. Confesso que só notei a relevância desse começo depois de rever a cena. Afinal, com a promessa do que virá por aí – falaremos disso mais a frente – ter esse tom, essa discussão que já aconteceu quando Talbot foi incorporado a nossa turma, o papel dos militares tradicionais – uma discussão que o próprio Fury apresentou nos Vingadores – daqueles que se dizem “mocinhos” é sempre relativo quando se tem super poderes, alienígenas e armas de destruição em massa colossais. Isso para não mencionar vários, isso mesmo, vários monólitos perturbadores.

Mas finalmente, depois de alguns minutos de prévia, nossas dúvidas foram sanadas. Nossos heróis conseguiram, todos, passar pela fenda e sobreviver. E embora ainda tenha muita coisa para ser revelada, já é uma pequena vitória, que não veio sem surpresas. Além da série de monólitos ocultos dentro do Farol – aparentemente, nossa nova base de operações – há a presença de um novo Chromicon, Noah. Mesmo sentido falta de Enoch – levou tempo para me acostumar, mas até que consegui gostar dele, não só pelo alívio cômico mas pelo efeito dele na dinâmica do time – é bom saber que essa nova raça terá ainda um papel a desempenhar na série.

Claro que no meio a tanta coisa, o humor também não pode deixar de ter sua parcela do episódio.

E qual não foi minha surpresa quando foi May, com o seu “We have a small but active fanbase.” que nos lembrou que a S.H.I.E.L.D. tem muito para resolver ainda. Afinal, tão cedo quanto esperado, as palavras de Voss logo ecoaram sobre nossos heróis. Já há uma luz no céu. Será que o fim se aproxima?

Mas enquanto isso não acontece, ver o time fazer graça das tramas das temporadas anteriores com comentários sobre realidade virtual, escravidão num futuro distópico, prisão no fundo do mar, cair de aviões, lutar contra senhoras inumanas loucas, médicos meio Jeckyll e Hyde, LMD’s assassinos e dança com certeza soaram deliciosamente divertidos para quem acompanha a série desde o início.

No departamento de surpresas, Deke foi uma das mais intrigantes. Não imaginava que o moço retornaria, já que pelo que o episódio passado mostrou, ele foi aniquilado pela explosão de Enoch. Mas parece que o espaço de novo possível par para Daisy ainda está garantido. Ainda em retornos, Piper, a agente que aprendemos a amar durante toda a confusão com Aida também está de volta. Parece que os reforços para a nossa equipe estão todos prontos… assim como os problemas.

Afinal, foi um pulo curto de amada para odiada para Piper, que foi enganada para trair nossa turma. Claro, não posso imaginar as dificuldades que a moça deve ter passado depois de tudo o que aconteceu nos eventos com Aida. Mas isso? Péssima escolha!

Pelo menos essa traição serviu para termos a cena de ação e pancadaria clássica que todo retorno precisa, inclusive com um twist interessante. Aparentemente, Yoyo realmente sofrerá mais do que esperávamos.

Numa cena que demarcou bem uma das novas vilãs, a agente perdeu os dois braços.

Imagem: YouTube/Reprodução

Chegamos ao fim do episódio com mais dúvidas do que certezas, algo já corriqueiro, mas maravilhoso em Marvel’s Agents of S.H.I.E.L.D. Temos muito sobre o que refletir. Afinal, a promessa da General Hale levanta várias possibilidades quanto ao time de vilões – algo que finalmente vai acontecer – que enfrentará nossos mocinhos. A presença de Carl Creel levantou palpites de seria a Gangue de Demolição, que nos quadrinhos já causaram muitos problemas aos Defensores e até ao Thor.

Mas, a presença de Ruby, que parece a atriz perfeita para ser a Rocha Lunar, meu palpite vai para uma versão resumida dos Mestres do Terror – grupo liderado pelo Barão Zemo, que já fez sua aparição no MCU, que causa inúmeros problemas aos Vingadores e que já teve várias composições, eventualmente tornando-se os Thunderbolts, um grupo de super-vilões que “tenta” o heroísmo. – ou um Thunderbolts antes da “redenção”.

Seja como for, é certo que a S.H.I.E.L.D. terá vários problemas, o que nos renderá uma segunda metade de temporada espetacular. See ya!

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Lighthouse files, entry:Like an Agatha Chritie novel.” foi talvez uma das referências mais inglesas que Simmons poderia fazer. You go girl!

Sobre o autor
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Richard Gonçalves

Professor de Língua e Literatura, apaixonado por quadrinhos, música e cinema. Viciado em café, bons livros, boas animações e ocasionais guilty pleasures (além de conversas sem começo, meio nem fim). De gosto extremamente duvidoso, um Reviewer ocasional aqui no Mix de Séries e Colunista no Mix de Filmes.

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