Crítica: The Rain tem final bagunçado e decepcionante
Crítica da terceira e última temporada de The Rain, série original dinamarquesa da Netflix. Final foi ruim! Confira...
Série apocalítica da Netflix se despede com temporada ruim
Quando estreou em 2018, The Rain foi vendida como a mistura de The Walking Dead e Dark. No entanto, a primeira série dinamarquesa da Netflix não chegou aos pés das produções com as quais foi “comparada”.
Enquanto a primeira temporada, entre erros e acertos, deixou o público curioso por respostas a respeito da chuva misteriosa que matou milhares de pessoas, a segunda mergulhou na ficção científica, melhorou o nível, mas adiou muitas respostas.
Portanto, coube aos seis episódios da terceira e última temporada responder tantos questionamentos e encerrar a história dos irmãos Simone e Rasmus. Tal expectativa parece ter sido demais para os roteiristas que desperdiçaram o potencial da série seguindo fórmulas batidas e escolhendo caminhos fáceis demais ao desenvolver sua narrativa.
Sem veracidade, trama não cativa espectador
A trama do terceiro ano continua praticamente do mesmo ponto em que o segundo foi encerrado. Rasmus se uniu a Apollon e agora tentam construir um novo mundo com a ajuda do vírus. Longe dali, Simone e o grupo sobrevivente tentam atravessar o muro que separa a cidade contaminada do restante do mundo em busca de algo milagroso para salvar todos.
O plano, pra variar, acaba dando errado e Simone e Fie são capturadas pelos soldados da Apollon e levadas de volta ao laboratório. Lá, Simone e Rasmus se reencontram e percebem que estão realmente de lados opostos. O garoto agora acredita ser a solução para as mazelas do mundo, mas a irmã não quer fazer parte daquilo.
A partir daí se inicia um previsível jogo de gato e rato. Ao mesmo tempo em que o restante do grupo põe em prática um inacreditável plano de resgate, Simone foge do laboratório cercado por soldados armados com uma facilidade jamais vista. A falta de veracidade em alguns detalhes da trama deixam a série menos interessante e isso acontece ao longo de toda a temporada.
Depois de quase morrer, Simone reaparece em um acampamento onde uma família parece viver sem maiores ameaças. Lá ela descobre que uma flor pode ser a cura para todo aquele pesadelo. Não tem como dar errado, correto? Incorreto. O que vemos a seguir é uma sequência de decisões idiotas que colocam todos (os antigos e os novos personagens) em risco – algo recorrente na série desde a primeira temporada.
Série desperdiça potencial e escolhe caminho mais fácil
Com pouco tempo para concluir a trama, os roteiristas parecem ter escolhido o caminho mais fácil, ignorando as explicações necessárias. Rasmus assume o papel de vilão da temporada, mesmo que na pele de uma criança mimada.
Além disso, Michael, o par romântico de Simone, decide, sem nenhuma explicação lógica, injetar o vírus no próprio corpo e se unir ao exército do cunhado. A decisão inconsequente acaba lhe custando a vida alguns episódios a frente.
Quando o restante do grupo finalmente se reencontra, é chegada a hora do confronto final. Eles terão de lutar contra Rasmus e seus supersoldados. O que deveria ser o clímax da série é apenas uma conclusão aguada e decepcionante. Após algumas cenas de pouca tensão e forçados diálogos emotivos, Rasmus e Sarah desistem do plano de contaminar todo o mundo com o vírus e se sacrificam pelo bem de todos.
Portanto, no fim das contas, quase nenhuma pergunta foi respondida e os fãs terão que se contentar com um “final feliz” e fácil demais. The Rain se despede da Netflix como uma trama desperdiçada, que, nas mãos certas, teria rendido muito mais.
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