Crítica: The Rookie trouxe seus melhores episódios no fim da 2ª temporada

Crítica do décimo nono episódio, intitulado "Q word", e do vigésimo episódio, intitulado "The Hunt", da segunda temporada de The rookie, da ABC.

Critica The Rookie final 2 temporada

Confira o que rolou no fim de temporada de The Rookie

O fim de uma temporada sempre é marcado por reviravoltas, tensão e ansiedade pela próxima temporada, e com The Rookie não foi diferente.

Tivemos muita ação, romance e um cliffhanger de fazer qualquer um surtar com a espera de uma nova temporada (e renovação, já que o futuro da série ainda é incerto).

Sem tempo para outras histórias com The Rookie

Apesar de ser um season finale contado em dois episódios, a história central toma muito tempo de tela, dando pouco espaço para dramas secundários, mas mesmo assim, temos que nos atentar em histórias que ficaram em aberto.

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Em dois episódios eletrizantes, Angela Lopez (Allysa Diaz) e o Sargento Wade Grey (Richard T. Jones), infelizmente, não tiveram muita importância para o plot da finale, mas não pode se deixar esquecer que Angela está aguardando o retorno da prova de detetive e tem se mostrado muito boa no que faz.

Já Sgto. Grey continua sendo um bom líder, mas sempre fico com a sensação de que prometem uma boa história para ele, só que ela nunca vem. Quem sabe numa possível nova season, né?

Sobre outra dupla com plot fora da história principal, Tim Bradford (Eric Winter) e Lucy Chen (Melissa O’Neil), até participam ativamente da ação, mas Bradford tem a mente ocupada quando tem que lidar com a ida de sua namorada para Nova York (que clichê de romance dos anos 90).

Não é segredo para ninguém o quanto eu espero que Tim e Lucy fiquem juntos, mas vê-lo se entregar ao romance com um ato bonito (parando o táxi da namorada com o carro da polícia), só tenho a dizer que talvez, um talvez bem grande, eu goste dele com a Rachel (Jasmine Mathews). Vamos ver no que isso vai dar, afinal, relacionamentos a distância nunca dão certo em séries.

Corrupção em todo lugar

A ideia de ter um policial corrupto na corporação, infelizmente não é algo fora da nossa realidade, mas para nossos personagens novatos, é difícil de engolir.

Iniciamos a season finale com uma confraternização entre rookies de várias unidades, com John Nolan (Nathan Fillion), Chen e Jackson West (Titus Makin Jr) reencontrando outros novatos da época da academia. Todos estão comemorando que falta apenas um mês para acabar o período de experiência na força policial. Tudo parece lindo e maravilhoso, porém a felicidade não dura para sempre.

Em uma perseguição policial de carro roubado, um dos conhecidos de Nolan é alvejado com tiros. Neste momento, a tensão toma conta do episódio e uma caçada mortal começa. Todos os policiais de LA estão a procura do assassino e John e Nyla Harper (Mekia Cox) acham o carro roubado com a arma dentro. Detetive Nic Armstrong (Harold Perrineau) surge com uma tecnologia de dar inveja ao MacGyver  e pela digital, descobrimos que o assassino é de uma família de criminosos poderosos, os Derian.

Nolan guarda a arma e todos vão a casa de Ruben Derian (Hrach Titizian), perguntar onde está seu irmão assassino. Lá descobrem que a família tem informações policiais e chegam a conclusão que tem um infiltrado na polícia.

Síndrome de herói

Saber que tem alguém traindo a corporação causa comoção geral e todos olhando desconfiados um para o outro. A situação piora quando a arma que Nolan recuperou some do departamento, deixando claro que não será fácil incriminar os irmãos Derian.

Eu achei óbvio todos buscarem nas câmeras dos policiais quem seria o culpado e me surpreendeu que a amiga dos nossos rookie e namorada do policial assassinado, Erin Cole (Hannah Kasulka), fosse a culpada.

Novamente entramos em mais um caçada eletrizante, com as três duplas principais da série caçando a policial. Nolan consegue chegar antes que todos e com todo o bom coração que tem, tenta fazer Erin se entregar.

 Ela ameaça tirar a própria vida, mas Nolan usa seu dom de conversa para tentar convencê-la a se entrega e entregar todo mundo que está envolvido. Em um momento de susto, Nic Armstrong surge e atira nela ao pensar que ia ser alvejado.

A construção de um bom vilão

Nosso querido John Nolan fica devastado com a morte da amiga, mas entende que foi necessário. Mas ao olhar a cena da morte de Erin, ele nota que ela fala o nome de Nic antes de ele atirar nela, e isso mostra então que ele está envolvido com a família de bandidos. Neste momento, tudo começa a se encaixar na cabeça de John e na nossa também.

Nic Armstrong surgiu nesta temporada como um detetive exemplar, histórico incrível e com um drama familiar pesado, perdendo a esposa para o câncer enquanto caçava a serial killer, Rosalind (Annie Wersching). Ele começou a se aproximar de Nolan e dar conselhos pessoais e profissionais, tornando-se um mentor para nosso velho novato. A amizade e companheirismo dos dois foi algo bonito de se ver surgir, por isso que quando ele se revela o grande vilão, sentimos a mesma dor que Nolan. A dor da traição.

A virada de chave de Nic ser um traidor e também um assassino afeta Nolan, que recorre apenas a sua parceira Harper para ajudar. Temos um jogo de gato e rato, com Nolan tentando encurralar Nic sem que o detetive note. Sem muito o que fazer, John recorre a arqui-inimiga de Armstrong, Rosalind.

A psicopata é sempre uma personagem incrível de se assistir e quando ela divide a cena com Nolan, dá até para segurar o ar. Ela dá a deixa para onde John deve seguir para pegar Nic.

Ingenuidade de herói

É bem comum em quase todas as séries policiais, ter como personagem principal alguém incorruptível, detentor da justiça. Com isso, costuma vir também a ingenuidade.

O nosso personagem principal e John Nolan, que em duas temporadas ficou bem conhecido por sua bondade, mesmo quando precisava fazer algo duro. Por muitas vezes foi enganado, mas nunca teve algo que afetasse sua carreira, até agora.

A psicopata avisou e eu quase avisei da minha cadeira que, apesar de vermos o lado bom de Nic, sabemos que ele é extremamente habilidoso. E quando John o confronta em sua sala sozinho, além da tensão no ar, sentimos a superioridade de Nic Armstrong.

A frieza com que o personagem fala, as palavras dizendo que incriminará o então amigo, machucam Nolan. O momento da troca de tiros e John tendo de largar o bandido para ir correndo para casa são de tirar o fôlego. A temporada acaba com John descobrindo que foi incriminando e as luzes da polícia se aproximando.

Não sabemos o futuro de The Rookie, como já foi noticiado aqui no Mix de Séries, a série está no limbo, mas ela pegou fogo nessa reta final e quero muito saber o que vai acontecer. E vocês, sofrendo com o fim trágico de Nolan? Ainda tem esperanças que o Bradford e a Chen fiquem juntos? Comentem e torçam comigo para nos vermos na próxima temporada de The Rookie.

Sobre o autor

Bernardo Vieira

Redação

Bernardo Vieira é um jornalista que reside em São José, Santa Catarina. Bacharel em direito pela Universidade do Sul de Santa Catarina, jornalista e empreendedor digital, é redator no Mix de Séries desde janeiro de 2016. Responsável por cobrir matérias de audiência e spoilers, ele também cuida da editoria de premiações e participa da pauta de notícias diariamente, onde atualiza os leitores do portal com as mais recentes informações sobre o mundo das séries. Ao longo dos anos, se especializou em cobertura de televisão, cinema, celebridades e influenciadores digitais. Destaques para o trabalho na cobertura da temporada de prêmios, apresentação de Upfronts, notícias do momento, assim como na produção de análises sobre bilheteria e audiência, seja dos Estados Unidos ou no Brasil. No Mix de Séries, além disso, é crítico dos mais recentes lançamentos de diversos streamings. Além de redator no Mix de Séries, é fundador de agência de comunicação digital, a Vieira Comunicação, cuido da carreira de diversos criadores de conteúdo e influenciadores digitais. Trabalha com assessoria de imprensa, geração de lead, gerenciamento de crise, gestão de carreira e gestão de redes sociais.