The X Factor decepciona com duas edições fracas em 2019

Confira tudo o que achamos das duas edições especiais produzidas esse ano para o reality show musical The X Factor Uk, do canal britânico ITV.

The X Factor UK apostou em dois novos formatos

Um dos realities mais queridos do Mix de Séries, o The X Factor britânico voltou esse ano em dose dupla. O programa contou com duas edições, no entanto totalmente diferentes do que estávamos acostumados.

Com a constante queda de audiência nos últimos anos, Simon Cowell decidiu dar um ano sabático ao formato que o público já estava acostumado. Com isso, o big boss anunciou que nesse ano de 2019 seriam lançadas duas temporadas distintas, uma com celebridades e outra intitulada como All Stars. Essa segunda citada traria participantes de edições passadas, não só da versão britânica, como também de outras produzidas ao redor do mundo.

No meio desse percurso, Simon acabou enfrentando problemas de saúde, o que atrasou a produção para a versão com celebridades. Contudo, o jurado e dono da franquia conseguiu, aos quarenta e cinco do segundo tempo, produzir uma outra versão formando potenciais boyband girlband, e deixando o All Stars na geladeira. Dos dois formatos programados, apenas o primeiro foi exibido no Brasil pelo Canal Sony.

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Como foi tudo isso? Vamos comentar com mais detalhes!

The X Factor Celebrity (Edu)

The X Factor Celebrity
Imagem: ITV/Divulgação

A versão com celebridades começou com vários rostos conhecidos mais no Reino Unido, salva exceção de Kevin McHale, conhecido por seu trabalho na série Glee.

Auditions/Judge’s House

A primeira etapa da disputa consistiu com a apresentação de tais celebridades, que tinham que mostrar os jurados Simon, Nicole Scherzinger e Louis Walsh – só faltou Sharon pra causar loucamente – que mereciam ir aos live shows.

No meio de tanta apresentação desastrosa, tivemos alguns destaques como Megan McKenna, ex-participante do reality britânico Ex On The Beach. Outro caso foi do grupo V5, composto por cinco digitais influencers da América Latina, sendo uma delas brasileira.

Entretanto tenho que admitir que nesse primeiro momento quem se destacou mais, na minha opinião, foi Jenny Ryan. A estrela do game show britânico The Chase simplesmente destruiu, com sua versão para “Bohemian Rhapsody”, fator esse que não me fez desistir desse fiasco de formato.

Após as apresentações dos 15 candidatos, nossos jurados se reuniram para escolher 13 deles para seguirem em frente à disputa. Sendo eles:

Groups (Simon): V5, Max and Harvey, Try Star, No Love Lost

Unders (Louis): Kevin McHale, Jonny Labey, Olivia Olson, Megan McKenna

Overs (Nicole): Ricki Lake, Jenny Ryan, Martin Bashir, Vinnie Jones, Victoria Ekanoye

 

Live Shows

Se tudo já estava mais ou menos, foi na fase ao vivo que fiquei mais perdido que o meme da Nazaré Tedesco. Primeiramente o Top 13 foi um espetáculo cheio de chernobyl, salvando-se pouquíssimas exceções. Um desses casos, por exemplo, foi Victoria Ekanoye. As duas primeiras eliminadas, no entanto, foram justíssimas, e no episódio seguinte nem lembrava mais de suas existências.

As etapas seguintes, tais quais como Top 11, Top 9 e Top 7 me fizeram questionar se não dava tempo de cancelar esse flop. Como essa edição “especial” não teve a tão consagrada fase das 6 Chairs Challenge, coube ao vovô Louis ter seus ataques de loucura na terceira semana de lives.

Nesse meio tempo Jenny carregou sozinha a categoria de Overs nas costas, enquanto Megan de Unders. No entanto os grupos vinham se destacando semana após semana, o que me faz acreditar por um momento que só Simon teria finalistas na disputa. No meio deles, a dupla Max and Harvey foram crescendo semana após semana.

Final

Depois de tanto perrengue, a formação dos finalistas foi a coisa mais sensata dessa edição Celebrity. Jenny, Megan, V5 e Max and Harvey chegaram então ao momento decisivo da disputo. Pra mim não fizeram mais do que a obrigação, uma vez que tínhamos nas fases anteriores um joke act como Vinnie e um grupo como Try Star, cujo talento eram rostos e corpos bonitos e nada mais.

Outro destaque da final foi a volta das Pussycat Dolls, girlband liderada por nossa rainha Nicole, que farão uma turnê especial ao redor do mundo em 2020.

Voltando à final, os grupos que tanto carregaram a temporada nas costas já não tinham a mesma força de antes. Contudo Jenny e Megan se confrontaram em um verdadeiro duelo de titãs, o qual o resultado vindo dessas duas para mim seria totalmente indiferente.

O vencedor do The X Factor Celebrity foi…

… Megan McKenna, da categoria Unders, tendo Louis Walsh como mentor, foi a grande vencedora. Sinceramente foi mais que merecida, uma vez que ela foi se destacando a cada semana. Jenny também foi evoluindo na disputa, mas com alguns pequenos deslizes no percurso. V5 e Max and Harvey oscilaram demais, e sinceramente gostaria de ter sabido quem ficou, respectivamente, com o segundo, terceiro e quarto lugares.

The X Factor: The Band (Luke Franco)

The X Factor The Band
Imagem: ITV/Divulgação

Não é de hoje que os grupos levam multidões para estádios do mundo todo. A união de vozes formando uma sintonia é algo único e precioso. Algumas pessoas tem o dom de descobrir essas raridades. No Brasil, mesmo que com algumas polêmicas durante os anos, Rick Bonadio foi e continua sendo um grande nome quando se falava em grupos. Rouge é um sucesso atemporal da cultura tupiniquim e ele teve sua parte nessa formação.

Quando trabalhamos com o mercado internacional, nunca podemos deixar de mencionar o ídolo Simon Cowell. A estrela dos programas musicais foi responsável por nada mais nada menos que One Direction, Fifth Harmony e Little Mix. Agora, em uma edição especial de quatro episódios, ele se une a Nicole Scherzinger – das Pussycat Dolls – em busca dos novos queridinhos da Europa.

Auditions

O programa começa com as audições em ambiente fechado. Simon, Nicole e quatro incríveis produtores e compositores da música mundial se juntam em busca das estrelas que comporão as formações das próximas fases. Uma audição nunca é fácil, contudo, algo tão específico como a formação de bandas deixou as coisas um pouco mais trabalhosas.

Um dos pontos a serem analisados é a junção da voz individual em um grupo, e sabemos que alguns cantores simplesmente são feitos para carreira solo. Outro ponto é a maturidade vocal e pessoal, claramente complicado uma vez que estávamos falando de competidores abaixo do 21-22 anos de idade, em que ainda tem muito pela frente. Um terceiro ponto a ser abordado é que o competidor necessita de se preparar para uma mudança em sua vida: estilo de vestir, de cantar, de se apresentar e contudo de se mover em palco.

Agora, ele não trabalhará apenas para o seu sucesso e sim para de um grupo. Mas, mesmo com tantos pontos difíceis, estamos falando de dois competentes jurados que conseguem enxergar grandes talentos em grandes distâncias.

Arena Auditions

Dividida em duas semanas, as audições abertas fizeram com que os grupos se formassem. Com a ajuda de Leona Lewis, Simon e Nicole tiveram que formar grupos de seis pessoas. Ao final, uma girlband e uma boyband foram formadas e estavam prontas para disputar a grande final.

Algumas decisões foram extremamente difíceis, mas acredito que houveram diversos pontos levados em consideração. O movimento em palco e as expressões faciais podem ser muito bem pontos cruciais em uma formação como esta, às vezes mais até do que a própria voz. Os competidores devem estar preparados para fazer mais do que simplesmente um solo parado de perfeita execução. Para se formar a band, eles devem ter que suar a camisa para conseguir uma posição. Muitos fizeram valer a pena sua chance e vocês poderão conferir algumas apresentações logo a seguir. Com os teams formados e algumas surpresas, era hora de se preparar para a disputa final.

Live Final

Na decisão final, as coisas não ficaram tão acirradas assim. Apesar de uma votação apertada, tivemos uma noção de quem trabalhou melhor nas últimas semanas. As garotas vieram com apresentações incríveis e muito bem trabalhadas. O nome do grupo foi bem sonoro e traduziu bem o que cada uma quis expressar.

Os garotos não ficaram para trás, contudo, ainda não estavam com a mesma conexão que elas. Tivemos apresentações interessantes e curiosas em ambos os grupos, que os levou a uma final justa.

O grupo vencedor do The X Factor: The Band foi…

… as meninas do Real Like You.

Apesar das meninas terem se consagrado campeãs, não acho que os garotos irão se desfazer tão cedo. De Beatles a One Direction, passando por Fifth Harmony, todas um dia vieram ao fim. Não vejo isso como uma maldição, mas sim como uma experiência para cada um que compõe o grupo. Acho que ambos os que vimos aqui possuem potencial de crescer muito em grupo e depois, se for o caso, seguirem suas carreiras incríveis e brilhantes.

O que acharam dessas duas edições do The X Factor? Venham comentar conosco! Sobre a edição All Stars, pode ser que a mesma venha a acontecer no início de 2020 ou simplesmente ser engavetada, vamos aguardar!

Até 2020, com diversas novidades nas coberturas feitas pelo Team Reality.

 

Sobre o autor

Italo Marciel

Redação

Jornalista por formação e publicitário por aproximação. Desde a graduação, circulo entre as duas áreas e isso me preparou para atuar com mais segurança e amplitude na Assessoria de Comunicação Política, área na qual trabalho desde 2013. Ao todo, já são são oito anos gerenciando a comunicação de parlamentares do legislativo municipal. Entre as minhas principais atribuições estão: criação e gerenciamento de conteúdo textual e visual (artes, fotos e vídeos) para redes sociais; planejamento de pronunciamentos; preparação de pauta para reuniões e entrevistas; relacionamento com a imprensa. Além disso, tanto tempo no meio me trouxe conhecimentos intermediários de assessoria parlamentar, onde auxilio na construção e revisão de projetos e no relacionamento com pastas do poder público de direto interesse dos mandatos. No Mix de Séries atua como jornalista e redator de notícias gerais, desde 2017. Também produz críticas e conteúdos especiais voltado para a área de streaming.