Virgin River tem 3ª temporada intensa com morte e gravidez
Crítica com spoilers da terceira temporada de Virgin River, que contou com morte, gravidez e casal protagonista em grande dilema.
Virgin River é o tipo de série que eu não consigo deixar de assistir na Netflix. Não sei pela vibe bem tranquila, que me lembra as antigas atrações da Warner como Everwood. Ou se pela falta de conteúdo de qualidade na plataforma… A questão é que sempre que uma temporada nova estreia, eu já quero assistir tudo de uma só vez. E então, vem aquele vazio, quando terminamos mais uma parcela.
E essa nova temporada resolveu arriscar em muitos sentidos. Como a própria sinopse alertava, os conflitos envolvendo o casal protagonista foram muito além de ficar ou não ficar juntos. Na verdade, a gravidez se tornou um ponto central da equação sobre Jack e Mel. Mas, da mesma forma, a história conseguiu dividir, igualmente, para que todos os coadjuvantes brilhassem no devido tempo. Com uma morte e momentos de tensão, a terceira temporada de Virgin River foi certeira.
Nenhum casamento e um funeral
Como adiantamos, aqui no Mix de Séries, infelizmente a atriz Annette O’Toole – que interpreta a prefeita Hope – não pôde participar das gravações devido às restrições de viagens. Por isso, sua personagem ficou fora durante todos os episódios. Obviamente, isso afetou o enredo esperado e programado para a renovação de votos dela com o Doc. E, igualmente, o impacto que a doença do médico teria – uma vez que ele fez bastante mistério ao final da segunda temporada.
Mudanças de roteiro à parte, esse momento em si foi bem estranho. Mas acabou dando oportunidade para uma outra trama triste na série, que foi o câncer de Lilly. Particularmente, vê-la crescer em tela, junto de sua filha Tara, foi um dos pontos altos da terceira temporada de Virgin River.
Confesso que a cada episódio ficava mais triste por saber que alguém tão legal como Lilly iria partir. Uma pena, aliás, que Hope não pode participar deste momento de despedida. Sem dúvidas teria sido ainda mais emocionante.
Mas justamente a morte de Lilly que acabou desencadeando um desequilíbrio no retorno de Hope à cidade, resultando em um acidente que colocou a personagem à beira da morte – e no hospital, logo no final. Os créditos finais do último episódio apareceram sem sabermos o que acontecerá com a prefeita, mas algo me diz que ela vai sair dessa. Afinal, precisamos ver a renovação de votos destes dois.
Quem atirou em Jack? Ainda não sabemos!
Mesmo que eu tenha gostado da temporada, infelizmente, gostaria que a terceira temporada tivesse explorado melhor o tiro que Jack levou. E que, sem dúvidas, tivesse revelado o autor do disparo. Levar esse mistério para a quarta temporada o torna desgaste para o espectador, principalmente colocando Brady como principal suspeito, quando sabemos que no fim não foi ele.
Vale ressaltar que a trama do tiro de Jack trouxe a sua irmã para Virgin River, que acabou se envolvendo com o próprio Brady. E eles até que formaram um casal bonitinho, embora cada um tivesse conflitos e problemas turbulentos para que vivessem uma relação estável e comum.
Outros pontos da temporada ganharam destaque
Gostei de vermos mais de Ricky e Lizzie. Mas achei péssimo a imaturidade do rapaz, principalmente ao se alistar na Marinha quase que como um capricho. Se eu comecei a temporada ainda achando Lizzie antipática, terminei gostando dela. Principalmente porque ela se mostrou compreensível e amável com várias situações. O final, com ela levando música para o Doc ouvir no hospital, enquanto aguardava notícias de Hope, foi bem bonitinha.
Já Preacher, infelizmente, está preso na trama do filho do Page. E sinto que, por falta de tempo, isso não foi muito explorado na temporada. Mas, dado a forma como ele terminou, desmaiado, e com o garoto possivelmente sequestrado pelo irmão gêmeo do pai, acredito que Page possa retornar à série e vermos mais ação desta trama que, de longe, é a menos interessante, a meu ver.
Mel continua sendo a alma da série
Eu me apaixono a cada vez que Alexandra Breckenridge surge em cena como Mel. E, nessa temporada em particular, a personagem carregou ótimos conflitos envolvendo a gravidez.
Mel quer ter filhos, quase que como uma vocação que foi interrompida pelos abortos que sofreu com Mark. Mas Jack tem gêmeos a caminho e eles não estão em sintonia. Embora levem 10 episódios para finalmente se acertarem, o final acabou revelando que a personagem terminou grávida. Mas ela não sabe de quem é o bebê.
Enquanto foi a Los Angeles, ela fez uma inseminação artificial com o embrião do ex-marido, o que gerou a dúvida na personagem. Mesmo que o filho seja de Jack, acredito que essa foi uma das melhores tramas da temporada, mostrando as camadas de Mel e o fato de que ela carrega muitos dores que ainda precisam ser curadas.
Agora, é esperar para ver o que irá acontecer.
Leia também: Revelado se Jack é o pai do filho de Mel em Virgin River
Diante destes dez episódios, Virgin River ainda segue sendo aquela série confortável, ótima para maratonar. Com cenários de lugares que você pensa, “eu preciso morar ou conhecer”, é quase que como uma terapia dentro de casa. Espero que a Netflix continue investindo na série e, ainda, traga mais produções neste estilo. Afinal, de vez em quando, é bom assistir algo mais leve e que traga um pouco de paz.
Todos os episódios de Virgin River estão disponíveis na Netflix.