1×04 de Peacemaker focou no passado de Smith

Com um pouco menos de ação, o episódio de Peacemaker foca em mostrar outro lados dos membros da nada funcional equipe.

Peacemaker

Peacemaker retornou para seu quarto episódio focando bem mais em alguns personagens e em seu desenvolvimento do que na história da trama principal. Mesmo assim, a série deixa no ar algo muito importante.

Vale reafirmar que a produção manteve seu ritmo, intercalando os problemas pessoais de Smith e o trabalho de eliminar agora o conhecido vilão, as borboletas, mas sem tanta ação. Enquanto se recuperam da luta contra as borboletas no último episódio, é necessário lidar com um refém em coma, Judomaster.

Murn questiona se Peacemaker ainda é o cara para fazer o trabalho, já que ele hesitou em matar a família de borboletas.
Ele se esconde atrás da história que falta a gravação da pomba nas suas armas, mas isso é balela e Murn sabe. Logo após, ele diz realmente que não irá seguir ordens e matar crianças só porque ele disse para fazer.

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A equipe ganha mais um membro

Ver o próprio Peacemaker questionar a sanidade do Vigilante é muito cômico, afinal, ele mesmo equipara-se ao amigo. O próprio diálogo com Murn confirma isso, quando ele sai totalmente do assunto e diz para ele não se distrair. Aqui mostra que realmente lhe falta alguns parafusos.

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No caminho para a casa de seu pai, para pegar mais alguns capacetes que o ajudarão na missão, uma briguinha digna de crianças tem início entre Peacemaker e o Vigilante. Então, para depender da maturidade de ambos, Murn precisará ser mais babá do que chefe. Aqui é revelado mais um motivo pelo qual pode se ter uma noção de como foi a criação de Peacemaker. Seu pai é um super vilão, o Dragão Branco, que além de tudo é um supremacista racial.

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Sobra até para o Morcegão

Batman é o melhor herói, de acordo com o rabugento vizinho de seu pai, e Peacemaker não é um herói porque heróis não matam seus inimigos. Aquele típico vizinho fofoqueiro é muito bem retratado com esse desbocado senhor, que tira Peacemaker do sério e faz com que ele chame o Morcegão de maricas.

De acordo com Smith, e com certa razão, isso só gera cada vez mais inocentes mortos, pois toda vez os vilões escapam e fazem mais vítimas. E é quando descobre que seu pai está preso e decide ir visitá-lo, enquanto a equipe precisa fazer ele desistir dessa ideia.

Auggie não deve ser solto, pois isso irá atrapalhar os planos da equipe.

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O passado de Smith em Peacemaker

Por outro lado, temos alguns flashbacks da infância de Peacemaker, e as peças se encaixam de como ele é essa ambiguidade em pessoa. Ele foi criado por um vilão que além de tudo é racista. A série mostra que o pai não tem papas na língua para tratar de certos assuntos.

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Ao viver em um lar totalmente abusivo, ser criado por um pai que apenas o usa como ferramenta, e descobrir que ele tinha um irmão que morreu de forma até agora misteriosa, mostra o porquê do personagem ter toda essa índole dúbia que é apresentada.

Matar para manter a paz, diferente de heróis que possuem um código de moral e ética, entretanto, é isso que nos cativa nele. A morte de Rick Flag ainda pesa pelas palavras ditas, o homem da paz é um assassino.

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Adebayo é o destaque em Peacemaker

Neste episodio de Peacemaker, a personagem ganha espaço e se mostra muito útil à equipe como eximia manipuladora. Adebayo induz o vigilante e embute em seus miolos totalmente moles que a maior culpa de tudo que Peacemaker sofre é do seu abusador pai.

Dessa maneira, ele entra na prisão para assassinar o pai de Smith. Entretanto, não é o que acontece, devido à paranoia de Auggie, que não entra na briga com ele. Seu plano genial acaba quando a equipe o retira da prisão antes que o pior aconteça.

Quando Judomaster foge, Peacemaker vai atrás dele para a revanche. Adebayo novamente interfere e atira nele justo quando ele iria falar sobre as borboletas. O que impede uma importante revelação.

Ela não é apenas uma ingênua novata e, sendo filha de quem é (Amanda Waller), não é de se esperar menos.

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Tom melancólico

Quando o ritmo da série desacelera, Peacemaker procura Harcourt para saber mais sobre o que todos sabem de seu passado. Ao retornar para sua casa, é mostrado que ele tem uma borboleta consigo, o que nos leva as perguntas: qual o motivo disso e que desdobramentos isso trará?

A fragmentação entre um exímio assassino e às vezes uma mentalidade infantil são reflexos diretos do seu passado. E, em mais uma dança que seria hilária, o tom desce para o melancólico e de tristeza, quando relembra a morte de seu irmão.

Em suma, um episódio que traz muito menos ação e comédia, que foca no drama do personagem principal e em tudo o que o afeta diretamente. Finalmente algo que choca aparece nos últimos instantes do episódio, Murn é uma borboleta!

As coisas vão realmente esquentar…

Nota: 4/5

Sobre o autor

Helder Sauer

Head de Marketing, atuando com estratégias de mercado e de posicionamento de marcas e produtos. Em minha bagagem, há mais de 15 anos de atendimento ao público de diversos segmentos. Após tanto tempo de conhecimento adquirido em atendimento ao público a migração para o mercado digital aconteceu da forma mais natural possível. Dessa maneira minhas habilidades em escrita proporcionam a elaboração de anúncios que convertem. Além disso o know how de vivência dentro das empresas me fez perceber que nem sempre é tudo tão fácil de se aplicar sem a mínima estrutura para atender a demanda do mercado. Contudo hoje consigo ajudar empresas de pequeno e médio porte a se encaixar no mercado digital de forma saudável e planejada. No Mix de Séries desde 2022, é responsável por produzir críticas e notícias voltadas para séries policias, de investigação, além da produção de conteúdo de streaming.