Crítica: 2ª temporada de Killing Eve insere nova assassina pra agitar a trama

Crítica dos primeiros três episódios da segunda temporada de Killing Eve, série da BBC America e exibida no Brasil pela Globoplay.

Imagem: BBC

Killing Eve voltou com tudo!

A nova temporada de Killing Eve estreou com tudo. O segundo ano da atração começou exatamente 30 segundos após o desfecho da primeira temporada, não dando tempo do público respirar após Eve esfaquear Villanelle em um final surpreendente.

Trazendo a vencedora do Globo de Ouro, Sandra Oh brilha mais uma vez no papel de Eve, e carrega consigo ótimos momentos na trama. Mas após um ano de estreia triunfal, Killing Eve precisava se renovar. E tudo está indicando que ela vai conseguir.

Uma nova assassina no pedaço

Os três primeiros episódios da nova temporada constroem o arco para introduzir uma nova assassina na trama. Sim, Villanelle talvez tenha inspirado alguém a agir desenfreadamente como ela. Mas Villanelle possui um charme que essa nova assassina não tem, e cabe a Eve diferenciar esses eventos.

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Com uma nova equipe, Eve volta para Londres a fim de investigar esses casos. Os novos personagens são bons, mas Sandra Oh simplesmente engole qualquer um que divide cena consigo. Ainda mais agora que sua personagem está com sede de descobrir quem está por trás destes novos crimes. Mesmo assim, Villanelle não sai de cena. Jodie Comer dá vida a uma personagem psicótica e engraçada de um jeito único. Sem falar que ainda há uma forte conexão entre as duas protagonistas.

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Jodie Comer rouba ainda mais a cena de Killing Eve em sua segunda temporada. Imagem: BBC America/Divulgação.

Também é importante ressaltar que nossa heroína ficou mexida por ter esfaqueado a assassina. Ela mudou. E de alguma forma isso deverá impactar suas atitudes nos próximos episódios.

Ainda não ficou claro, neste começo de episódio, o porquê dessa assassina estar agindo. Se são vítimas aleatórias ou se há algo por trás disso. O que ficou claro é que a companhia para qual Villanelle trabalha tem um plano, que vai servir de motor para os capítulos restantes. A ameaça dos “Doze” é constante. Mas a vilã precisa se cuidar, porque com essa nova concorrente em cena ela poderá perder seu emprego facilmente.

Roteiro ainda melhor

Killing Eve era para ser, inicialmente, uma minissérie. Se ela tivesse acabado na primeira temporada, o final lançaria uma onda de suspense e dúvidas na cabeça do espectador. Agora, com esse segundo ano, havia um risco da trama se perder. Mas ela, de alguma forma, está ainda melhor.

Há uma sede de vingança por parte das duas personagens. A faca de Villanelle se curou, mas obsessão mútua entre elas não. Outra grande vantagem da segunda temporada, é que ela não precisa ficar introduzindo personagens, situações ou ambientações. Killing Eve já começa agitada, sem se preocupar em estabelecer qualquer tom. Logo em seguida, abaixa a poeira. E então, no episódio seguinte, começa novamente uma maratona de emoções. Dessa forma, o espectador não sabe, literalmente, o que esperar da trama.

Entretanto, a qualidade no roteiro se destaca pela nebulosidade em relação ao caminho que a série vai seguir. Aparentemente, ficar apenas nesse jogo de gato e rato poderá se esgotar de forma fácil nos próximos episódios. Assim, a trama não dá indícios de onde vamos chegar. Aliás, há uma perspectiva em foco diante dos eventos da série. Não há qualquer chance das duas saírem vivas deste confronto. Pelo menos não se elas continuarem nessa obsessão mútua, que parece só crescer.

Vale destacar também que o humor continua presente nos diálogos, sendo um artifício extremamente interessante – e necessário – para fazer o espectador simpatizar com as atitudes de cada um deles. Bem como, entender o que se passa em suas mentes. No primeiro episódio, Villanelle é a protagonista das cenas de humor, transformando um assassinato em ponte para piadas. O mesmo acontece com Eve nos episódios seguintes, que protagoniza uma cena de “esporro” de sua chefe na maior calma.

Dessa forma, Killing Eve ainda vale a pena. Com uma trama interessante, estamos curiosos para compreender o que o futuro da série nos reserva. E enquanto ela persistir nessa forma criativa de contar histórias, certamente é uma série que irá merecer a atenção do mundo.

No Brasil, a temporada estreia de forma completa no dia 24 de maio, pela Globoplay.

Leia também: “Ninguém está seguro”, diz Sandra Oh sobre segunda temporada de Killing Eve

 

Sobre o autor

Anderson Narciso

Editor-chefe

Criador do Mix de Séries, atua hoje como redator e editor chefe do portal que está no ar desde 2014. Autor na internet desde 2011, passou pelos portais Tele Séries e Box de Séries, antes de criar o Mix. Formado em História pela UFJF e Mestre em História da Saúde pela Fiocruz/RJ, Anderson Narciso se aventurou no mundo da criação de conteúdo para Internet há 15 anos, onde passou a estudar sobre Google, SEO e outras técnicas de produção para web. É também certificado em Gestão Completa de Redes Sociais pela E-Dialog Comunicação Digital, além de estudar a prática de Growth Hack desde 2018, em que é certificado. Com o crescimento do site, e sua parceria com o portal UOL, passou a atuar na cobertura jornalística, realizando entrevistas nacionais e internacionais, cobertura de eventos para as redes sociais do Mix de Séries, entre outros. Atua como repórter no Rio de Janeiro e São Paulo, e pelo Mix já cobriu eventos como CCXP, Rock in Rio, além de ser convidados para coberturas e entrevistas presenciais nos Estúdios Globo, Netflix, Prime Vídeo, entre outros. No Mix de Séries, com experiência de dez anos, se especializou no nicho de séries e filmes. Hoje, como editor chefe, é o responsável por eleger as pautas diárias do portal, escolhendo os temas mais relevantes que ganham destaque tanto nas notícias quanto nas matérias especiais e críticas. Também atua como mediador entre a equipe, que está espalhada por todo o Brasil. Atuante no portal Mix de Séries diariamente, também atende trabalhos solicitados envolvendo crescimento de redes sociais, produção de textos para internet e web writing voltado para todos os nichos.