Critica: 3×16 de 9-1-1 preparou território para final de temporada
Crítica do décimo sexto episódio da série 9-1-1, intitulado The One That Got Away, exibido nos Estados Unidos pelo canal Fox.
Com episódio divertido e emocionante, 9-1-1 chegou a sua reta final
A reta final de 9-1-1 está aqui! E chegar ao fim de uma temporada, na maioria das vezes, garante grandes eventos. Isso porque, perto de seu último episódio, é preciso estabelecer algumas pontas soltas, introduzir novas tramas e/ou novos personagens, a fim de prender o telespectador para as próximas histórias a serem contadas.
9-1-1, como conversamos aqui e aqui, apresentou dois episódios muito bem equilibrados nas últimas duas semanas. E agora, a dois episódios do fim, a série quer resolver algumas pendências e falar sobre os desafios pessoais. Nesse mesmo caminho, alude ao que será enfrentado em sua season finale especial.
Buck: do auge à decadência?
Em The One That Got Away, décimo sexto episódio, Buck é a figura central de uma narrativa que investe em seus medos e fragilidades. Com Connie Britton voltando aí, o roteiro logo tratou de conduzir nossos olhares às inseguranças que o bombeiro tem no que diz respeito aos seus relacionamentos, e como a sua profissão impacta nessa nuance de sua vida.
Quando, em um bar, Evan conhece o bombeiro aposentado, Red, que coincidentemente, também viveu/vive algo parecido, isso desperta um gatilho que nos permite adentrar a mente do jovem bombeiro. Buck, apesar de ter sido apresentado, lá no início, com o estereótipo mulherengo, desapegado, agora dá as caras de uma outa maneira. E isso, de forma bem objetiva, deve-se ao pleno desenvolvimento de seu personagem, que agora se apega e tem visões diferentes de futuro. Não obstante, seu medo se estende, inclusive, a perda de seus amigos.
Nessa discussão, um dos entraves postos para compreensão do texto é a forma como a profissão de bombeiro é imaginada e concebida pela sociedade. No território do perigo, que enfrentam diariamente, pelo outro, há insegurança nas duas partes que pretendem fundar um relacionamento. É um temor pelo futuro, uma disputa de atenção, um lugar onde, nem sempre, o amor pode chegar na intensidade pretendida.
Algumas feridas, nem sempre, podem ser curadas
Também nesse cenário, o episódio abre as portas para que Hen, ainda emocionalmente abalada por seus conflitos internos que envolvem a morte da violoncelista, encontre uma trama para chamar de sua. Enquanto ela trava uma batalha aguerrida pelo bem-estar das pessoas que salva, Bob percebe que isso vai além do amor pelo ofício. Os impasses da paramédica são construídos pela dor e pela culpa. E é sempre muito bem-vindo que personagens recebam olhares mais humanos e verdadeiros.
Chegando a um desfecho emocionante, em uma cena marcante, em que Red recebe alta do hospital e é acompanhado pelo time de bombeiros, o episódio lança o seu discurso derradeiro: 9-1-1 é sobre amor pelo ofício. Igualmente, também é sobre as engrenagens soltas de uma profissão que pode ser acompanhada da soma de muitas dores.
Fiquemos, então, com boas expectativas para o plot do estuprador que, certamente, deve gerar boas discussões e cenas no próximo episódio. Aqui o plot ficou à margem porque, no próximo, ele deve mostrar a que veio.
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