Crítica: New Amsterdam retorna cheio de tensão com episódio 2×10

Crítica do décimo episódio da segunda temporada de New Amsterdam, "Código Prata", exibido nos Estados Unidos pelo canal NBC.

New Amsterdam 2x11 Critica
Imagem: Divulgação.

“Mas e o que eu preciso?”

New Amsterdam retornou com bastante gás nos Estados Unidos, após a pausa de fim de ano. Sobretudo, por conta do gancho deixado pelos roteiristas no final do episódio, a fuga das prisioneiras de Rikers da ala emergencial do hospital.

Entretanto, seguindo o formato já bem estabelecido para a série, o gancho principal serviu como cenário para diversas subtramas pessoais interessantes. Além disso, alguns personagens, como Iggy e Reynolds, passaram por situações relevantes à construção dos personagens.

New Amsterdam em Código Prata

Dando seguimento ao final do episódio anterior, Casey (Alejandro Hernandez) percebe que as três pacientes de Rikers fugiram, deixando um guarda inconsciente para trás. Imediatamente, o hospital entra em Código Prata, sendo preenchido por policiais e tendo o deslocamento de pessoas limitado.

A trama das prisioneiras andando pelo hospital não foi a parte mais interessante do episódio. O roteiro não conseguiu dar muita verossimilhança ao plano de Jackie em meio a um hospital repleto de policiais armados até os dentes. Porém, os fios conectados a essa trama se mostraram muito bons.

Principalmente, a rápida ação desenvolvida no ataque de uma prisioneira à companheira delatora na sala de cirurgia, bem filmada e com uma consequência importante. Mesmo pouco realista, o plano de Helen para salvar a si e a Max também envolveu alguma boa ação.

Entendimento entre Helen e Max é… sem graça!

Desde a primeira temporada, a produção de New Amsterdam tem longamente explorado a relação entre os protagonistas Max Goodwin e Helen Sharpe. Muitos, inclusive eu, atribuíram a morte de Georgia como uma solução de roteiro para viabilizar a união dos dois.

Porém, tem sido difícil sentir química entre Helen e Max, mesmo como uma forte amizade. Neste episódio, a principal questão é a decisão a ser tomada por Helen de continuar ou não no hospital após perder suas funções diretivas. De saída, Max tenta convencê-la apelando para o fato de precisar dela, mas recebeu um: “e quanto ao que eu preciso?”.

A partir daí, o episódio caminhou pela tentativa de Helen em descobrir um motivo para seguir. Finalmente, o motivo foi a própria relevância de seu trabalho, a despeito de ocupar cargos relevantes. No final, um diálogo com a colega Castro sobre o direito ao cuidado das prisioneiras demarcou ainda mais essa posição.

Finalmente, Max e Helen se encontram em uma ponte, onde a decisão de continuar no hospital é anunciada pela oncologista. Espero que o roteiro seja criativo para não tornar uma união dos dois algo muito evidente.

Iggy e Reynolds trazem novidades

Uma ótima história desenvolvida no episódio foi a de Iggy com seu marido, Martin. Em uma situação inusitada, mas um pouco previsível ao longo do episódio, o casal se viu preso com a residente de Iggy, e, logo, uma sessão de casal teve início.

Explorar a psicologia de Iggy, indo além do “cara bom a qualquer custo”, foi um grande acerto do roteiro. Para um personagem que lida com a saúde mental de tantas pessoas, trazer suas questões consigo e com o mundo dá uma profundidade importante. Além disso, enche o terapeuta de ainda mais carisma.

Reynolds, por sua vez, teve mais um episódio alternando entre o caricato e o profundo. Ele simplesmente levou um golpe de bisturi e seguiu operando! Perigoso para ele, para a paciente, eticamente errado etc. Entretanto, toda a situação serviu para dar um encaminhamento a seu relacionamento, indicando que ele mude para São Francisco. Vejamos se vai colar.

Bloom e Kapur mergulhados em sentimentos

Tanto Bloom, quanto Kapur tiveram, neste episódio, situações que mexem bastante com o emocional, típicas para a tomada de decisões apressadas.

A primeira, durante o Código Prata, teve de operar uma paciente com apendicite, sem poder encostar o pé esquerdo no chão, e lidando com a abstinência dos medicamentos. A situação emotiva com Ligon, em vez de ser escalonada pelo episódio, levou ao caminho contrário, com Bloom pedindo que ele não a procure mais após o tratamento.

Vijay, por sua vez, ficou com Ella, tentando acalmá-la de seus medos, e ajudando-a a manter o bebê em segurança. A tranquilidade de Kapur é muito carismática, e, particularmente, eu espero que dê certo com Ella. Porém, o convite imediato para que ela more com ele pode gerar situações precipitadas.

Enfim, com seu retorno agitado, New Amsterdam tem um terreno bem elaborado para a continuação de sua segunda temporada.

Portanto, o que será que virá por aí de Max e sua equipe? Deixem nos comentários os seus palpites. Confira abaixo o vídeo promocional do próximo episódio e até a próxima! Todavia, completo.

 

 

Sobre o autor
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Luiz Alves

Historiador, pesquisador em saúde, fã de histórias em quadrinhos e jogador de RPG de longa data. Adoro sitcoms de Seinfeld a Brooklyn Nine-Nine, cresci vendo dramas como House, e me apaixonei pelo suspense de Hannibal e a fantasia de Penny Dreadful. Escrevo no Mix desde 2017, fazendo reviews de séries baseadas em quadrinhos, dramas e outras por aí. Atualmente, faço as reviews de New Amsterdam.

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