Heartstopper, vale a pena assistir a série? Eis o veredito!
Heartstopper estreou na Netflix, mas vale a pena assistir a nova série LGTBQIA+ da plataforma? Trazemos o veredito!
Heartstopper, é um popular título de quadrinhos sobre identidade, amizade e primeiro amor. E agora, ela chega em forma de série TV para emocionar os fãs da Netflix.
Escrito e criado pela autora Alice Oseman, a série tem Kit Connor (Rocketman, His Dark Materials) como o popular estudante do 11º ano Nick Nelson, que acaba fazendo amizade com Charlie Spring, estudante um ano abaixo. Mas à medida que sua amizade floresce, ambos começam a se perguntar se poderia haver algo mais entre eles.
Mas vale a pena assistir a série?
A história de Heartstopper na Netflix
Heartstopper conta a história de dois adolescentes britânicos em uma escola secundária britânica – Charlie, um rapaz abertamente gay, e Nick Nelson, um jogador de rugby alegre e de coração grande. Um belo dia, eles são obrigados a sentar juntos em uma aula, e a conexão deles acontece ali.
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Os dois rapidamente se tornam amigos, e logo Charlie se pega apaixonando por Nick, mesmo que ele não pense que tem uma chance. Com isso, ele descarta a opção de gostar de um garoto hétero que ele nunca pode ter. Mas ao longo da série, o romance floresce, e Nick e Charlie descobrem que há uma forte comunidade de aliados e amigos ao seu redor, enquanto também aprendem que não existe um ‘jeito certo‘ de se assumir.
Há algumas aparições surpresas nos oito episódios da série, enquanto Nick e Charlie inevitavelmente enfrentam grandes obstáculos. Mas enquanto eles navegam no complicado território da paixão, a história é, em última análise, edificante… Mas no fim das contas, vale a pena assistir?
Heartstopper: vale a pena assistir?
Heartstopper pode ser considerada aquela série que todo o público precisava assistir na Netflix. Embora tenha foque em um romance LGBTQIA+, muitas pessoas podem limitar a trama a este fato. No entanto, Heartstopper vai além. Ela se torna uma série necessária quando, a partir de um simples romance ela passa a ensinar muitas coisas para os espectadores.
A trama não chega a ser inocente ou boba, como a maioria deste conteúdo passa a ser tratado. E até mesmo as inserções animadas, de folhas circundando os protagonistas, têm suas devidas funções. Se de início é estranha, logo se torna necessária, e casa exatamente com as cenas em que os espectadores se pegam sorrindo ou torcendo pelos protagonistas.
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Ambos os atores, Kit Connor – já veterano de atuação, e o novato Joe Locke, contemplam uma química espontânea e nada forçada. Embora Heartstopper aborde histórias clichês, na verdade, a série inova porque a maioria das outras produções volta o centro da história para casais heterossexuais. Com isso, a série da Netflix explora conflitos que muitos espectadores jovens podem estar enfrentando, e que irão se identificar.
Outro ponto é que a série bate na questão do preconceito e da homofobia, onde os personagens discutem ao longo dos episódios como é necessário se posicionar, e que mesmo com os obstáculos está tudo bem ser quem você é.
De fato, Heartstopper enfrentará preconceitos por parte da sociedade, mas ela está aqui justamente para que, com uma linda história de amor, as pessoas entendam que todos têm o direito de ser feliz como quiserem. E que o amor pode vir de todas as formas.
Para completar, Heartstopper vai além da conversa de um casal homossexual, e traz para a mesa a pauta sobre personagens trans. É difícil vermos personagens jovens, trans, retratados na TV. Com isso, a produção tem uma grande chance de tratar sobre transfobia, e acerta em cheio ao discutir tais temos com a delicadeza necessária.
Com isso, o veredito de Heartstopper não é só positivo. Além de valer assistir, portanto, ela é uma série extremamente necessária.
Todos os oito episódios estão disponíveis na Netflix.