Apple comprando a Netflix? Especialistas acreditam que pode acontecer em breve

Imagem: Netflix/Divulgação; Apple/Divulgação
Imagem: Netflix/Divulgação; Apple/Divulgação

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Com a proposta de aquisição da Time Warner pela AT&T e agora o mega acordo entre a Disney e a 21st Century Fox, acredita-se que Hollywood e a grande mídia estão entrando na era das grandes fusões, compras, aquisições e vendas. Estratégia que muitos especialistas enxergam como necessárias haja vista a mudança rápida no panorama da mídia e entretenimento nos últimos anos.

A pergunta que se fez após o mais recente anúncio de compra é – qual será o próximo grande acordo? Especialistas acreditam que há chances, mais precisamente de 40%, da Apple comprar a Netflix. Isso mesmo. A Apple comprar a Netflix. Embora possa parecer que o acordo não prosperaria quando se observa as leis anti-trust nos Estados Unidos, existe uma lógica do porquê Tim Cook pode estar sonhando alto.

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Sabe-se que a após a aprovação da reforma tributária nos Estados Unidos, cuja promulgação foi feita por Donald Trump na última sexta-feira antes do Natal (22), a Apple poderá repatriar mais de 220 bilhões de dólares ao país sem ter que arcar com uma grande carga tributária além de ter dinheiro em caixa, uma vez que a plano do partido Republicano também consiste no corte de impostos para grande corporações com o intuito de “oxigenar a economia”.

“A empresa tem muito dinheiro sobrando – quase 250 bilhões de dólares – que poderão render quase 50 bilhões de dólares por ano. Esse é um bom problema para se ter,” afirmaram dois analistas do Citibank, Jim Suva e Asiya Merchant, aos seus clientes.

“Historicamente, a Apple tem evitado repatriar seu dinheiro para os Estados Unidos para evitar a alta carga de impostos. Para tal, a reforma tributária pode permitir que a companhia coloque esse dinheiro em uso. Com quase 90% da sua renda investida internacionalmente, uma única repatriação com apenas 10% de imposto, permitiria que a Apple utilizasse 220 bilhões para compras ou fusões,” concluem.

A dupla ainda afirma que a gigante da tecnologia precisa de apenas um terço desse dinheiro para comprar a Netflix. Vale lembrar que a empresa comandada por Reed Hastings tem investindo pesado na produção de conteúdo original nos últimos anos, o que faz com que eles precisem pedir empréstimos regularmente elevando a dívida da companhia para impressionantes 1.6 bilhões de dólares, de acordo com a Variety.

Ao mesmo tempo sabe-se que a Apple ainda não teve sucesso em Hollywood. Recentemente encomendou suas primeiras produções originais – o reboot de Amazing Stories e duas temporadas para projeto dramático sobre os bastidores da televisão matinal americana, que traz Reese Whiterspoon e Jennifer Aniston como produtoras executivas. Ainda é improvável afirmar que a Apple será bem recibida na cidade, principalmente depois que a versão tupiniquim de Shark TankPlanet of the Apps, não deu muito certo em 2017.

Da mesma maneira que é difícil afirmar que um acordo será realmente firmado, é importante lembrar uma entrevista que Leslie Mooves, o Presidente da CBS Corporation, concedeu à CNBC no final de 2017 para garantir que sua empresa não ficará para assistindo a indústria se movimentar. “Eventualmente nós vamos precisar de parcerias com outras companhias de conteúdo e de distribuição? A resposta é sim,” disse o executivo. A CBS Corporation, vale lembrar, recentemente adquiriu o canal Ten na Austrália.

Sobre o autor

Bernardo Vieira

Redação

Bernardo Vieira é um jornalista que reside em São José, Santa Catarina. Bacharel em direito pela Universidade do Sul de Santa Catarina, jornalista e empreendedor digital, é redator no Mix de Séries desde janeiro de 2016. Responsável por cobrir matérias de audiência e spoilers, ele também cuida da editoria de premiações e participa da pauta de notícias diariamente, onde atualiza os leitores do portal com as mais recentes informações sobre o mundo das séries. Ao longo dos anos, se especializou em cobertura de televisão, cinema, celebridades e influenciadores digitais. Destaques para o trabalho na cobertura da temporada de prêmios, apresentação de Upfronts, notícias do momento, assim como na produção de análises sobre bilheteria e audiência, seja dos Estados Unidos ou no Brasil. No Mix de Séries, além disso, é crítico dos mais recentes lançamentos de diversos streamings. Além de redator no Mix de Séries, é fundador de agência de comunicação digital, a Vieira Comunicação, cuido da carreira de diversos criadores de conteúdo e influenciadores digitais. Trabalha com assessoria de imprensa, geração de lead, gerenciamento de crise, gestão de carreira e gestão de redes sociais.