As Melhores Séries de 2021 em Comédia
É chegada a hora de decidir as melhores séries de 2021. Depois de elencarmos os melhores dramas, é a vez das comédias brilharem.
O que seria da gente sem umas boas comédias? As séries nos ajudaram a passar pelos últimos anos. Seja através da emoção do drama ou do escapismo do humor, a TV cresceu nos últimos meses e reafirmou sua posição na vida de todos nós. Em 2021, tivemos uma porção de séries incríveis que só ajudaram a sedimentar a televisão como um potente celeiro criativo.
Depois de eleger as 12 melhores séries dramáticas, chegou a hora de elencar as 10 melhores séries de 2021 em comédia. Confira abaixo em ordem alfabética
Chucky
Chucky sempre foi uma comédia, então não se surpreenda com a sua presença nesta lista. Mais chocante do que isso, é perceber que a série do SyFy é muito acima da média. Misturando horror bagaceiro com uma elogiável consciência sociocultural, Chucky capricha no bom humor, escancarando a veia cômica do boneco assassino. Em sua primeira temporada, o show já entregou alguns dos momentos mais absurdos vistos nos últimos tempos. E a 2ª temporada já está garantida.
Cobra Kai
Cobra Kai talvez tenha sido a primeira série de 2021 para muita gente. Tendo estreado no primeiríssimo dia do ano, a terceira temporada do sucesso da Netflix chegou com os pés na porta. Com o quarto capítulo prestes a surgir (desta vez encerrando o ano, no último dia de 2021), Cobra Kai reforça seu status enquanto sucesso surpreendente. Depois de uma breve passagem no YouTube, o projeto cresceu na Netflix, virou fenômeno de público e ainda conquistou a crítica, chegando a ser indicada ao Emmy. Merecido? Pode apostar que sim.
Hacks
Não é só no drama que a HBO capricha e é soberana. Com Hacks, o maior canal da televisão entregou um texto moderno, divertido e sempre atento às demandas atuais. No debate geracional que permanece constante dentro e fora da arte, Hacks tem muita coisa interessante a dizer. Na linha de frente, Jean Smart é um assombro, enquanto Hannah Einbinder é o suporte perfeito. Levou importantes estatuetas no Emmy e deve fazer bonito na aguardada 2ª temporada.
Monsters at Work
Não satisfeitos em dominar o gênero da animação no Cinema, a Disney/Pixar resolve tentar a sorte na TV. E o resultado é um dos shows mais bacanas e divertidos do ano. Deixando muito live action no chinelo, Monstros no Trabalho tem toda a inventividade, humor e qualidade técnica esperadas de uma produção de Pixar. Repetindo a fórmula que já funcionou com The Mandalorian, cada episódio tem a sua trama fechada, que funciona de forma independente. Sem esquecer, contudo, a mitologia geral. Neste sentido, Monster at Work é um acerto do início ao fim
Only Murders in the Building
Steve Martin e Martin Short demoraram muito para fazer uma série juntos. Mas a espera valeu a pena e Only Murders in the Building mistura Agatha Christie com uma comédia leve, mas antenada. Selena Gomez garante o público jovem enquanto Steven e Martin formam a hilária dupla perfeita. Se Mindhunter fosse escrita por Woody Allen, o resultado seria algo próximo de Only Murders in the Building.
Reservation Dogs
Em uma claríssima referência a Reservoir Dogs, de Tarantino, Reservation Dogs tenta fazer justamente o que aquele filme tentava. Irromper uma bolha bem estabelecida com roteiro e abordagens independentes e originais. Como Atlanta, Reservation Dogs abraça uma minoria e lhes dá voz. No processo, acaba levantando debates antigos e atuais, como o papel dos indígenas nos Estados Unidos e a abordagem do país para com seus nativos. Assim como na série de Donald Glover, Reservation se joga no humor, mas concentra fortes doses de drama.
Sex Education
Sem a preocupação das temporadas iniciais, em criar conflitos rápidos e esquentar a trama com cenas de nudez e sexo, a nova temporada de Sex Education aproveita para deixar seus personagens multifacetados. Assim como em todos os relacionamentos, não há certos e errados absolutos. E a série acerta ao entender e levar isso ao roteiro. Como David Fincher afirma, não há nada melhor em uma história do que um conflito onde ambos os lados estão certos. Assim, os queridos personagens de Sex Education crescem e ganham belos contornos, mantendo a série como uma das melhores da Netflix.
Ted Lasso
Na comédia, timming é tudo. Mas não é só nas piadas que o timming é importante. É preciso ter sorte e sensibilidade na produção e até mesmo no lançamento. Assim, não haveria época melhor para que a chegada de Ted Lasso. Com sua filosofia ancorada em bondade e empatia, Ted Lasso, o personagem, parece uma invenção completamente ficcional. Isso porque não estamos acostumados a acompanhar pessoas legais nas histórias. Quando vemos uma, ela parece deslocada. A segunda temporada humaniza Lasso ainda mais, mas sem lhe tirar seu lado bom. O maior acerto do 2º ano: fazer Ted Lasso ser sobre vários personagens e não apenas um.
What We Do in the Shadows
What We do in the Shadows é a melhor comédia da televisão há pelo menos duas temporadas. Em seu terceiro ano, a série entrega alguns de seus melhores episódios. Com histórias fechadas, Shadows encontra espaço para reaproveitar personagens conhecidos, apresentar novos e ainda desenvolver uma narrativa maior e interligada. Comédia legítima, o programa é diversão pura, uma fuga perfeita. O elenco segue irretocável, mas Nandor ainda é um dos personagens mais legais da TV.
The White Lotus
The White Lotus chegou a HBO como uma incógnita: era uma comédia, um drama, uma sátira ou uma tragédia? No fim das contas, parece que a minissérie é realmente uma comédia. Não que isso evite os segredos e dramas de cada personagem. Mas é com bom humor – e uma dose de absurdos – que o roteiro se desenrola. Como uma Downton Abbey moderna e havaiana, The White Lotus escancara alguns podres entre classes que, no fim, vão para o mesmo buraco. Entre gêneros, podemos chamar The White Lotus de uma das melhores séries de 2021.